Restaurantes de maior porte voltam a representar mais da metade das empresas do setor, diz Abrasel

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Foram abertas mais de 148 mil novas empresas de food service no Brasil entre novembro de 2023 e novembro de 2024
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  • Atualmente, o setor de restaurantes conta com cerca de 1,35 milhão de empresas
  • Segundo Paulo Solmucci, presidente executivo da Abrasel, esse aumento na abertura de CNPJs não MEIs mostra um fortalecimento do setor
Por Bruna Galati

[AGÊNCIA DC NEWS]. Mais de 148 mil novas empresas de food service foram abertas no Brasil entre novembro de 2023 e novembro de 2024, conforme dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). O setor registrou crescimento expressivo nos últimos cinco anos. Atualmente, o food service reúne cerca de 1,35 milhão de empresas, sendo 53,3% delas classificadas como não MEIs – desde 2019, antes da pandemia, esse porcentual não ficava acima de 50%. Em novembro de 2023, 39,96% das empresas do setor não eram MEIs. Um ano antes, esse índice era de 34,82%. Para Paulo Solmucci, presidente executivo da Abrasel, o aumento no número de CNPJs não MEIs reflete o fortalecimento do setor. “Empresas de porte mais robusto empregam mais e contribuem com maior arrecadação de impostos”, afirmou.

O número de MEIs no setor apresentou uma queda expressiva, passando de 860 mil para 660 mil registros. Parte dessa redução reflete o crescimento de pequenos negócios, que evoluíram para microempresas. Outra parcela foi baixada pela Receita Federal devido ao não pagamento de obrigações fiscais, como a Declaração Anual de Faturamento (DAS). Esses MEIs foram, em grande parte, criados durante a pandemia por pessoas em situação de desemprego que, com a recolocação no mercado, deixaram de operar. “Os MEIs eram maioria desde maio de 2020. Agora estamos voltando a uma configuração mais saudável e equilibrada”, afirmou Solmucci. 

Segundo a pesquisa da Abrasel, 73% dos empreendedores esperam aumentar suas vendas no primeiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, que teve faturamento de R$ 107 bilhões. Apesar do otimismo, Solmucci alerta para os desafios impostos pela alta dos juros e do dólar. “Nosso setor é um dos que mais sentem esse tipo de influência. O momento é positivo, mas exige ações concretas para apoiar essa retomada.”

Escolhas do Editor

% DE EMPRESAS NÃO MEIs

Novembro/2019 — 52,72%
Novembro/2020 — 46,56%
Novembro/2021 — 40,43%
Novembro/2022 — 34,82%
Novembro/2023 — 39,96%
Novembro/2024 — 53,31%

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