O setor de franquias registrou um crescimento nominal de 15,8% no semestre sobre o mesmo período de 2023, passando de R$ 105,107 bilhões para R$ 121,766 bilhões. No trimestre, a alta foi de 12,8%, ante o mesmo período do ano passado, subindo de R$ 54,2 bilhões para R$ 61,2 bilhões. Os dados são da Pesquisa Trimestral de Desempenho do setor feita pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). O segmento de Alimentação Food Service, que inclui restaurantes, lanchonetes, bares, food trucks, delivery, foi o que mais se destacou nos primeiros seis meses do ano, com um crescimento de 21,7% – saltando de R$ 15,75 bilhões para R$ 19,14 bilhões.
SERVIÇOS – O segundo lugar na lista de melhor desempenho entre franquias é ocupado pelo setor de Serviços e Outros Negócios, que registrou alta de 18,9%, passando de R$ 12,95 bilhões para R$ 15,41 bilhões. O segmento de Saúde, Beleza e Bem-Estar também se destacou, com um crescimento de 18,3% no semestre – foi de R$ 25,73 bilhões para R$ 30,45 bilhões. Na sequência, aparece o segmento de Entretenimento e Lazer, com avanço de 16,7% – de R$ 1,17 bilhão para R$ 1,37 bilhão; Comercialização e Distribuição de Alimentos; setor do varejo que inclui supermercados, atacarejos, minimercados, lojas de conveniência, empórios e padarias; alta de 15,6% – de R$ 10,36 bilhões para R$ 11,97 bilhões.
DEMAIS – Casa e Construção, Hotelaria e Turismo, Serviços Automotivos, Limpeza e Conservação, Moda, Educação e Comunicação, Informática e Eletrônicos também estão na lista da ABF e todas faturaram mais no primeiro semestre de 2024. Tom Moreira Leite, presidente da entidade, disse que o crescimento nominal do setor de franquias, mantido na casa dos dois dígitos, reflete o bom momento do consumo e do aquecimento econômico. “Isso é reflexo da recuperação econômica pós-pandemia e do aumento do consumo, além da capacidade de adaptação das franquias às novas demandas do mercado, como a digitalização e a oferta de serviços diversificados”, afirmou.
CENÁRIO – Indicativos econômicos explicam o mercado aquecidos, com o brasileiro gastando mais. A taxa de desocupação vem recuando – atualmente em 6,8%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Produto Interno Bruto (PIB) também cresceu – alta de 1,4% no semestre, de acordo com o IBGE. Nos últimos 12 meses, a economia brasileira cresceu 3,3%.