São Paulo, 17 de janeiro de 2025 – O Banco Mundial, em seu relatório Global EconomicProspects, no qual faz um panorama sobre o desenvolvimento da economia mundial, manteve a previsãode crescimento do PIB global em 2,7% em 2025 e 2026. Segundo a instituição, a economia globalparece estar se acomodando a uma taxa de crescimento baixa, que será insuficiente para promover umdesenvolvimento econômico sustentável, com a possibilidade de mais obstáculos provenientes daincerteza política crescente, mudanças adversas nas políticas comerciais, tensões geopolíticas,inflação persistente e desastres naturais relacionados ao clima.
“Nesse contexto, as economias de mercados emergentes e em desenvolvimento (EMDEs) – querepresentam 60% do crescimento global – estão prestes a entrar no segundo quartel do século XXIcom uma trajetória de rendimentos per capita que indica um processo de recuperação muito maislento em relação aos padrões de vida das economias avançadas do que o experimentadoanteriormente. Sem correções de rumo, é improvável que a maioria dos países de baixa rendaalcance o status de renda média até a metade do século”, diz um trecho do relatório.
Os Estados Unidos tiveram o crescimento do PIB revisado para cima, de 1,8% para 2,3% em 2025, ede 1,8% para 2% em 2026. A zona do euro teve o PIB revisado para baixo, de 1,4% para 1% em 2025 e de1,3% para 1,2% em 2026. O da China subiu de 4,1% para 4,5% em 2025 e mantido em 4% em 2026. O doJapão subiu de 1% para 1,2% em 2025 e se manteve em 0,9% em 2026. Já o do Brasil se manteve em2,2% em 2025 e subiu de 2% para 2,3% em 2026.
Além disso, segundo o relatório, o contexto econômico global se tornou um pouco maisfavorável, apesar de vários ventos contrários e riscos. O comércio global se recuperou no anopassado, apesar de ter sido dificultado pela fraca atividade manufatureira em algumas economiasavançadas e por medidas comerciais restritivas. Os preços das commodities caíram ligeiramentedevido à melhoria nas condições de oferta, apesar das tensões geopolíticas elevadas.
“Esse declínio, por sua vez, permitiu avanços adicionais na desinflação global, embora hajaalguma pressão para cima nos preços dos serviços. Com a flexibilização gradual da políticamonetária em várias regiões e um apetite por risco geralmente sólido, os spreads soberanos dosEMDEs (economias de mercado emergentes e em desenvolvimento) se mantiveram estáveis, apesar davolatilidade significativa recente nas taxas de câmbio”, afirma um trecho do documento.
Vanessa Zampronho / Safras News
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