CAMPINAS, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O deputado democrata Al Green foi expulso do plenário do Congresso dos Estados Unidos durante o discurso do presidente Donald Trump na noite desta terça-feira (4). A remoção foi ordenada pelo presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson, que alegou “violação deliberada do decoro” devido às constantes interrupções e vaias promovidas por Green.
Durante o discurso de Trump, Al Green, parlamentar pelo Texas, permaneceu em pé e gritou que o presidente “não tinha mandato”. Outros congressistas democratas também protestaram, levantando cartazes com frases como “salvem o Medicaid” e “Musk rouba”. A tensão no plenário levou Mike Johnson a ordenar a retirada de Green, que foi conduzido por um sargento.
Após o incidente, Trump retomou seu discurso e ironizou a oposição.
“Eu poderia encontrar a cura para a pior doença do mundo, e esses democratas ainda assim não”, disse aplaudiriam Trump.
Em sua fala, que durou mais de uma hora e meia, Trump destacou as ações de seu governo nas primeiras seis semanas de mandato. Ele afirmou ter assinado 100 ordens executivas e tomado mais de 400 medidas, incluindo a imposição de tarifas comerciais recíprocas a partir de abril e a retirada dos EUA da OMS (Organização Mundial da Saúde).
O presidente também criticou duramente os democratas e o ex-presidente Joe Biden, a quem chamou de “o pior presidente da história americana”. Trump prometeu cortes de impostos e declarou que “os EUA não serão mais ‘woke'”, em referência à revogação de normas de diversidade no governo federal.
Trump dedicou parte de seu discurso para elogiar o bilionário Elon Musk, que comanda o DOGE (Departamento de Eficiência Governamental). Sob sua gestão, o órgão tem promovido a redução de agências federais e o corte de funcionários públicos, o que tem gerado questionamentos na Justiça. O presidente também prometeu “colocar a bandeira americana em Marte”, sem detalhar a proposta.
A política protecionista foi outro ponto destacado por Trump. Ele acusou países como Brasil, China e União Europeia de adotarem tarifas injustas contra os EUA e anunciou que, a partir de abril, qualquer nação que cobrar impostos sobre produtos americanos será tarifada na mesma proporção.