Preço dos aluguéis cai 0,56% em maio de 2025, diz FGV. São Paulo é a cidade com maior queda

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A variação acumulada em 12 meses passou de 5,92% em abril de 2025 para 5,11%
(Rogério Cassimiro / Folhapress)
  • Ivar da cidade de São Paulo registrou a maior queda do índice: de 3,60%, em abril, para -6,02 no mês passado
  • O Rio de Janeiro teve alta de preços dos aluguéis residenciais em relação ao mês anterior, saindo de -1,43% em abril para 3,6%
Por Aryel Fernandes Compartilhe: Ícone Facebook Ícone X Ícone Linkedin Ícone Whatsapp Ícone Telegram

[AGÊNCIA DC NEWS]. O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar) caiu 0,56% em maio, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), nesta quinta-feira (5). O resultado é um contraponto ao movimento de alta (+0,79%) registrado em abril. A variação acumulada em 12 meses passou de 5,92% para 5,11%, mantendo o comportamento de desaceleração. Entre as capitais, São Paulo registrou a maior queda (-6,02%) – em abril houve alta de 3,6%. De acordo com Matheus Dias, economista da FGV Ibre, “os preços dos aluguéis residenciais acentuaram o movimento de desaceleração no acumulado dos últimos 12 meses”.

Ao analisar outras capitais, entre abril e maio, o Ivar registrou crescimento em Porto Alegre, que foi de uma retração de 0,46% para 3,81%. Em Belo Horizonte, o índice superou a queda de 3,34% em abril, atingindo 4,83% em maio. No Rio de Janeiro, houve alta de preços dos aluguéis residenciais em relação ao mês anterior, que influenciou o índice a sair dos então -1,43% no mês anterior para 3,01% em maio.

Assim como o resultado do Ivar, o índice de São Paulo em maio está na contramão do último levantamento. Na capital paulista, os preços dos aluguéis foram de um resultado negativo em 0,29% no mês de março para 3,60% em abril, registrando a maior alta daquele mês. De acordo com Matheus Dias, economista da FGV IBRE, em um cenário de restrição de crédito e manutenção das taxas de juros em patamar elevado, a tendência é reduzir a demanda por imóveis financiados, o que normalmente pode impulsionar o mercado de locação.

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Segundo Dias, o resultado de maio foi influenciado pela forte queda registrada em São Paulo, que nos últimos anos tem apresentado comportamento de recuo nos preços nesse mês. A taxa interanual do aluguel residencial desacelerou em metade das cidades analisadas. São Paulo registrou a menor taxa de variação em 12 meses, com o índice saindo de 5,45%, em abril, para 3,24%. No Rio, também houve registro de desaceleração na taxa interanual, de 5,54% para 3,98%. Por outro lado, Porto Alegre acelerou em 12 meses, saltando de 4,17% para 5,82%. Por fim, em Belo Horizonte teve ligeiro avanço, ao passar de 7,76% para 7,98%.

FIPEZAP – Em abril, o Índice FipeZap para aluguel mostrou resultado semelhante ao da pesquisa da FGV. O levantamento também registrou alta, com acréscimo no mês de 1,25% sobre março. A expansão foi generalizada e atingiu 34 das 36 cidades pesquisadas, sendo 22 capitais. No acumulado do ano, o avanço no preço do metro quadrado para locação já chegou a 4,51%. Em entrevista à AGÊNCIA DC NEWS, o coordenador do Índice FipeZap, Alison Oliveira, disse que há um efeito cascata com os juros mais agressivos – o que também está alinhado com a análise da FGV. “Menos famílias conseguem financiar ou comprar um imóvel e recorrem ao mercado de locação”, disse.

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