São Paulo, 30 de junho de 2025 – A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeunesta segunda-feira a taxação de super-ricos para corrigir distorções históricas e atingir oequilíbrio das contas públicas.
Leia a íntegra da postagem da ministra no X:
“O Brasil está cansado dessa conversa de cortar políticas sociais, congelar o salário-mínimo esacrificar os aposentados. Isso não é debate sério sobre política fiscal; é defesa deprivilégios e injustiças. Este país tem sim distorções históricas que precisam ser corrigidas,mas jogar a conta nas costas da maioria só vai agravar o problema e aumentar a desigualdade.O governo do presidente Lula está fazendo um grande esforço para equilibrar as contas e jáconseguimos reduzir o déficit primário de 2,3% em 2023 para 0,09% em 2024. E não foi apenas com oaumento da arrecadação, que é resultado do crescimento da economia, dos empregos e do consumo dasfamílias. As despesas primárias foram reduzidas nestes dois anos, de 19,6% para 18,6% do PIB.Não são os investimentos do governo, sociais e em infraestrutura, que pressionam a dívidapública. É a política monetária que herdamos do governo passado, com juros estratosféricos quevão levar essa conta a R$ 1 trilhão este ano. Uma ciranda maluca, que não se justifica diante deuma inflação que está abaixo da média nacional nos últimos 30 anos.O que está faltando nesse esforço para equilibrar as contas é a contribuição do chamado andarde cima, que não paga imposto pelo rendimento de aplicações financeiros, pelos lucros edividendos distribuídos aos acionistas, que goza de isenções fiscais injustificáveis e são osque lucram com a escandalosa taxa de juros.O governo propõe cobrar um pouco mais de imposto de renda de quem ganha muito, para isentar quemrecebe até R$ 5 mil e paga até 27,5% de imposto. Cobrar imposto sobre rendimentos de aplicaçõesincentivadas e não paga nada. Começar a reduzir os gastos tributários com isenções que nãogeraram empregos e custaram mais de R$ 600 bilhões em 2024.As propostas estão no Congresso Nacional para serem debatidas e aperfeiçoadas. É cobrar impostode quem não paga, ou paga proporcionalmente pouquíssimo. Só alcançaremos o verdadeiroequilíbrio, fiscal e social, com justiça tributária.”
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
Copyright 2025 – Grupo CMA