Futuros operam em leve queda enquanto dados mistos dos EUA compensam sanções da UE contra a Rússia

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São Paulo, 18 de julho de 2025 – Os preços dos contratos futuros do petróleo operam emligeira queda no início da tarde, revertendo as perdas da sessão anterior, enquanto dadoseconômicos mistos dos Estados Unidos compensavam as preocupações de que as mais recentessanções da União Europeia contra a Rússia, devido à guerra na Ucrânia, pudessem reduzir aoferta de petróleo.

Nos Estados Unidos, a construção de imóveis caiu para o nível mais baixo em 11 meses em junho,já que as altas taxas de hipoteca e a incerteza econômica dificultaram as compras de imóveis,sugerindo que o investimento residencial voltou a encolher no segundo trimestre.

Por outro lado, outro relatório mostrou que o sentimento do consumidor dos Estados Unidos melhorouem julho, enquanto as expectativas de inflação continuaram a cair.

A inflação mais baixa facilitará que o Federal Reserve reduza as taxas de juros, o que deveimpulsionar o crescimento econômico ao tornar os empréstimos mais baratos para os consumidores. Umcrescimento mais forte da economia também deve aumentar a demanda por energia.

Na Europa, a União Europeia chegou a um acordo sobre o 18º pacote de sanções contra a Rússia,incluindo medidas voltadas a afetar ainda mais as indústrias de petróleo e energia russas.

A UE estabelecerá um teto de preço móvel para o petróleo russo, 15% abaixo do preço médio demercado, disseram diplomatas da UE uma tentativa de melhorar o teto de US$ 60 imposto pelo Grupodos Sete (G7) desde dezembro de 2022, que teve pouca eficácia.

As novas sanções ao petróleo russo dos EUA e da Europa esta semana tiveram uma reação contidado mercado, disseram analistas da Capital Economics em nota.Isso reflete a dúvida dos investidores de que o presidente Donald Trump realmente leve adiante suasameaças, além da crença de que as novas sanções europeias não serão mais eficazes do que astentativas anteriores.

Esperamos que fundamentos fracos de demanda se reafirmem neste ano e empurrem o preço do Brent paraUS$ 60 por barril até o final do ano, concluiu a Capital Economics.

Proibição de produtos petrolíferos

A UE também deixará de importar qualquer produto refinado a partir do petróleo bruto russo embora a proibição não se aplique às importações vindas da Noruega, Reino Unido, EUA, Canadáe Suíça, segundo diplomatas da UE.

A chefe de política externa da UE, Kaja Kallas, também anunciou na rede X que a UE designou amaior refinaria da Rosneft na India como parte das novas sanções.

A India é atualmente a maior importadora de petróleo russo, enquanto a Turquia é a terceiramaior, de acordo com dados da Kpler.

A Europa produz menos diesel e querosene do que consome, o que a torna dependente de importaçõesde outras regiões. Essas novas proibições da UE sobre produtos refinados ajudaram a impulsionaros contratos futuros de diesel e gasóleo nos EUA e na Europa.

Nos Estados Unidos, os preços mais altos do diesel nos últimos dias aumentaram o spread do crackdo diesel para o maior nível desde fevereiro. Crack spreads medem a margem de lucro das refinarias.

Aquisição da Chevron

Em outras notícias, a gigante petrolífera norte-americana Chevron concluiu hoje a aquisição deUS$ 55 bilhões da empresa de energia Hess, após vencer uma batalha legal histórica contra a rivalExxonMobil. A vitória garante à Chevron acesso à maior descoberta de petróleo em décadas nacosta da Guiana.

Por volta de 13h59 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado naNymex com entrega para julho caía 0,25%, cotado a US$ 67,37 o barril. Já o preço do contrato doBrent negociado na plataforma ICE, com entrega para agosto recuava 0,39%, cotado a US$ 69,25 obarril.

Darlan de Azevedo – darlan.azevedo@cma.com.br (Safras News)Copyright 2024 – Grupo CMA

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