Itaú BBA prevê resultados positivos para varejistas de vestuário no segundo trimestre de 2025

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São Paulo, 21 de julho de 2025 – O Itaú BBA divulgou um relatório com as perspectivas para osetor de vestuário, que se mostrou positivamente resiliente durante a primeira metade de 2025.Segundo o banco de investimentos, a combinação de um clima favorável (tanto para receita, quantopara margem bruta) e competição cross- border (com varejistas internacionais) mais suave abriuespaço para revisões de lucro ao longo do primeiro semestre, razão pela qual as estimativas delucro para 2026 da Lojas Renner foram elevadas para 10,8 vezes o preço em relação ao lucro (P/L),C&A para 8,9 vezes e Guararapes para 7,9 vezes, ajustado pela subvenção de ICMS e créditosfiscais.

“Com uma temporada de resultados fortes se aproximando (e o desempenho das ações já refletindo amaior parte disso), os investidores já estão olhando além do segundo trimestre, com os próximosdois meses sendo cruciais para entender a resiliência do segmento e, muito mais importante, nosajudar onde ancorar as estimativas de 2026. O indicador Idat-vestuário tem sido altamentecorrelacionado com o desempenho de vendas das empresas”, explicou o BBA.

A análise afirmou que, se a C&A simplesmente continuar fazendo o que foi feito nos últimos 24meses, há um potencial significativo para um substancial crescimento de lucro no futuro. “Estimamosque a Renner ainda seja 24% mais produtiva do que a C&A quando consideramos apenas as vendas devestuário nas lojas físicas (ou seja, excluindo online e beleza). Se incluirmos as vendas online eda categoria beleza, essa lacuna se amplia para 38%. Um exercício simples mostra que, sefechássemos completamente apenas a primeira lacuna, mantendo despesa estável como porcentual dareceita líquida (o que parece conservador), o lucro da C&A em 2025 já seria 56% maior. Sefecharmos a segunda lacuna, o lucro quase dobraria (92% maior)”, apontou o BBA, que mantémrecomendação de compra da C&A, com preço-alvo de R$ 21/ação

Sobre a Lojas Renner, os analistas do BBA admitiram que erraram as perspectivas para o primeirosemestre. Após um quarto trimestre de 2024 bastante fraco, o BBA diz ter extrapolado o que (agora)parece ter sido um contratempo não estrutural e, por isso, revisou a perspectiva de lucro de 2026em 15%, após um primeiro semestre bastante forte. Não apenas a receita superou as estimativas, masa dinâmica das margens (mesmo com todas as adversidades cambiais) foi notável. Mas, também éverdade que ventos macroeconômicos (melhores) ajudaram aqui.

“Então, com a ação subindo cerca de 50% no acumulado do ano e já negociando com um prêmio de20/40% em relação à C&A/Guararapes , preferimos esperar por mais evidências de que o momento étotalmente sustentável antes de nos empolgarmos mais com as ações. O segundo semestre deve trazeressas respostas. Mantemos nossa classificação de neutro, com preço-alvo de R$ 19/ação”,comentou o BBA.

Assim como a Renner, o BBA disse que a Guararapes também tem surpreendido positivamente. A receitatem sido forte, mesmo com a empresa se beneficiando relativamente menos de um inverno mais friodevido a sua exposição à região Nordeste, que corresponde a 20% das lojas. Mas, o que mais temchamado a atenção é a forte resiliência da margem bruta. “Calculamos uma lacuna de produtividadeainda maior (apenas vestuário nas lojas) em relação à Lojas Renner quando comparada à C&A. Eembora a maior exposição da Guararapes a regiões de baixa renda seja um obstáculo matemáticopara fechar nominalmente essa lacuna, isso também nos dá uma boa ideia do potencial de crescimentode lucro. Assim, revisamos nossa estimativa de lucro de 2026 em 40%, negociando a 8 vezes o P/L, omais barato entre a cobertura, razão pela qual mantemos nossa classificação de compra”, compreço-alvo de R$ 12/ação”, concluiu o BBA.

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