Zema vai lançar pré-candidatura à Presidência da República em agosto

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O partido Novo anunciou que vai lançar o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, como pré-candidato à Presidência da República durante um evento em São Paulo, no próximo dia 16. Segundo nota da legenda, o movimento teve o aval do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Zema se reuniu com Bolsonaro no último dia 14 e comunicou ao ex-presidente sua intenção de disputar o Planalto. “Bolsonaro recebeu a notícia de forma positiva e incentivou a pré-candidatura, destacando a importância de haver mais nomes da direita no primeiro turno”, diz a nota.

O partido espera receber 2.000 pessoas no ato de lançamento.

Com a inelegibilidade de Bolsonaro, governadores de direita, como Zema, são cotados para disputar a Presidência em 2026 -mas Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, é o nome com mais força.

Também estão no páreo Ratinho Junior (PSD-PR), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Eduardo Leite (PSD-RS). Além disso, membros da família Bolsonaro, como Michelle e Eduardo, são cogitados como presidenciáveis.

“Em 2018, Zema era um desconhecido. Mesmo assim, conquistou os mineiros, venceu as eleições e tirou Minas do abismo em que o PT havia deixado o estado. Ele tem totais condições de fazer o mesmo pelo Brasil”, disse em nota o presidente do Novo, Eduardo Ribeiro.

Em entrevista à Folha de S.Paulo no mês passado, Zema afirmou que, caso seja eleito presidente, daria um indulto a Bolsonaro. O governador disse ainda que só concorreria caso o ex-presidente, que está inelegível até ao menos 2030, não fosse candidato.

“Fico satisfeito de ver que a direita tem várias opções e, quanto mais opções, mais chances, diferentemente da esquerda. Continuo confiante de que o presidente Bolsonaro possa ter os seus direitos políticos reconquistados e venha a ser o candidato. Se ele for, com toda certeza a direita vai trabalhar unida em torno do nome dele”, declarou.

Na mesma entrevista, Zema afirmou que a existência da ditadura militar “é questão de interpretação”.

Na última sexta (18), o governador mineiro chamou a ação da Polícia Federal contra Bolsonaro e a ordem do STF (Supremo Tribunal Federal) de que ele passe a usar tornozeleira eletrônica de “ato absurdo de perseguição política”. Ao lado do ex-presidente, Zema costuma frequentar as manifestações bolsonaristas a favor de anistia para acusados de atos de golpismo.

Zema, contudo, manteve relação ambígua com Bolsonaro desde sua primeira eleição para o Governo de Minas Gerais, em 2018, quando surpreendeu ao sair do terceiro lugar e vencer no segundo turno com mais de 70% dos votos.

A virada se desenhou quando ele se ligou à figura de Bolsonaro em um debate realizado pela TV Globo. Naquela eleição, seu partido, o Novo, tinha João Amoêdo na corrida ao Palácio do Planalto. “Aqueles que querem mudança, com certeza, podem votar aí nos candidatos diferentes, que são o Amoêdo e o Bolsonaro”, disse Zema na ocasião.

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