Lucro líquido cai 79,1% no 2T25, para US$ 342 milhões

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São Paulo, 22 de julho de 2025 – A Lockheed Martin reportou lucro líquido de US$ 342 milhõesno segundo trimestre deste ano, o que representa uma queda de 79,1% ante o mesmo período do anoanterior. Na mesma base de comparação, a receita somou US$ 18,155 bilhões, praticamente estáveisante os US$ 18,122 bilhões do trimestre anterior.

Durante o segundo trimestre de 2025, a empresa tomou medidas para enfrentar desafiosrelacionados a um programa confidencial no segmento de Aeronáutica e a determinados programasinternacionais de helicópteros na unidade de negócios Sikorsky. Além disso, foram reconhecidosoutros encargos relacionados à redução no valor de ativos e a questões fiscais.

Ainda de acordo com a Lockheed Martin, o segmento de Aeronáutica enfrentou desafiossignificativos relacionados ao design, integração e testes do programa, assim como outrasquestões de desempenho. Essas dificuldades persistiram ao longo de 2025 e tiveram um impacto maiorno cronograma e nos custos do que o anteriormente estimado. Em resposta, a Aeronáutica realizou umarevisão abrangente dos processos de execução e gestão do programa para alcançar os requisitostécnicos estabelecidos, que foi concluída no segundo trimestre.

Já no programa canadense de helicópteros marinhos, a empresa está em negociações contínuaspara reestruturar determinados termos e condições contratuais, bem como para ampliar o escopo detrabalho de forma que beneficie ambas as partes. O programa de helicópteros utilitários da Turquiatambém passa por discussões sobre uma possível reestruturação, incluindo alterações no escopode trabalho.

A Lockheed Martin reconheceu um encargo de US$ 66 milhões, principalmente relacionado à baixade ativos fixos como consequência da decisão da Força Aérea dos Estados Unidos de nãoselecionar a empresa no programa Next Generation Air Dominance (NGAD).

As vendas da divisão de Aeronáutica no trimestre encerrado em 29 de junho de 2025 ficaram emUS$ 7,42 bilhões, alta de 1,97%, em comparação com o mesmo período de 2024. O aumento foiatribuído principalmente ao crescimento das vendas em US$ 470 milhões no programa F-35, decorrentedo maior volume de contratos de produção. Esse aumento, no entanto, foi parcialmente compensadopor um ajuste cumulativo desfavorável de US$ 360 milhões nas vendas, causado pela perda em umcontrato confidencial.

As vendas da divisão de MFC (Missiles and Fire Control) no trimestre aumentaram 10,6%, para US$3,433 bilhões. Esse crescimento foi impulsionado por vendas de US$ 330 milhões nos programas demísseis táticos e de ataque, em razão do aumento do ritmo de produção do Joint Air-to-SurfaceStandoff Missile (JASSM), do Long Range Anti-Ship Missile (LRASM) e dos programas de precisão emfogos (precision fires).

As vendas da divisão Espacial (Space) no trimestre aumentaram 3,51%, para US$ 3,307 bilhões.Esse aumento foi atribuído principalmente ao crescimento de US$115 milhões nas vendas de programasespaciais civis comerciais, impulsionado principalmente pelo maior volume no programa Orion; e a umaumento de US$80 milhões nos programas de defesa estratégica e antimísseis, devido ao maiorvolume nos programas Next Generation Interceptor (NGI) e Fleet Ballistic Missile (FBM)

Durante o trimestre encerrado em 29 de junho de 2025, a empresa pagou dividendos em dinheiro novalor de US$ 771 milhões e recomprou 1 milhão de ações por US$ 500 milhões.

Para 2025, a empresa manteve o guidance de vendas entre US$ 73,750 e US$ 74,750 bilhões; lucrooperacional entre US$ 8,1 e US$ 8,2 bilhões e lucro por ação entre US$ 27 e US$ 27,30.

Vanessa Zampronho / Safras News

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