São Paulo, 28 de julho de 2025 – Em entrevista transmitida pela globonews após a cerimônia desanção do projeto de lei que cria o programa Acredita Exportação, no Palácio do Planalto, emBrasília, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços(MDIC), Geraldo Alckmin, disse que o governo está elaborando um plano de contingência à taxaçãode 50% aos produtos brasileiros vendidos aos Estados Unidos, imposta pelo presidente Donald Trump,mas que busca reverter a taxação antes, por meio do diálogo com os representantesnorte-americanos.
Ao ser questionado se teve alguma conversa com o presidente Lula para que ele converse com opresidente Donald Trump, Alckmin disse: “Eu não conversei com o presidente Lula sobre isso, mas opresidente Lula é o homem do diálogo”, respondeu. “Ele sempre defendeu o diálogo, que o que nósfazemos permanentemente, pelos canais institucionais e pela reserva. Quando houver algo a seranunciado vocês serão os primeiros a serem chamados”, disse Alckmin, aos jornalistas.
“O plano de contingência está sendo elaborado, bastante completo, bem feito, mas todo o empenhoagora, nesta semana, é para a gente buscar resolver o problema, estamos permenentemente nodiálogo. Eu quero dizer a vocês que nós estamos dialogando neste momento.”
O vice também reiterou a informação de que o governo está tentando negociar com o governo dosEUA desde março e que a busca por diálogo não é algo que se intensificou nesta semana, voltandoa mencionar a carta foi solicitada em maio e que não teve resposta, que foi cobrada pelo chancelerMauro Vieira.
O vice também procurou destacar avanços do governo federal em acordos comerciais com Singapura,entre a União Europeia e o Merocul e entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio(EFTA) integrada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.
Em resposta a um questionamento sobre a aprovação de um novo incentivo a uma montadora chinesapelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex ) do governofederal, Alckmin contextualizou citando medidas para incentivar a fabricação de veículos noBrasil, como um phase-out para reduzir impostos. Por fim, ele citou pleitos da Associação Nacionaldos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) para antecipar medidas de incentivo à montagemde importados no país de 2028 para 2026, relacionado à fabrica que a chinesa BYD assumiu da Fordna Bahia.
“Tivemos dois pleitos na Gecex-Camex, um da Anfavea, que pediu que, para SKD [Semi Knocked Down,produto que tem partes pré montadas], que só monta, tipo Lego, nem pinta o carro, ou seja,diferente de quem compra aço, pneu, compra motor, bateria, que ia até 2028, o pleito da Anfavea éantecipar para 2026. De outro lado, a BYD pediu uma tarifa mais baixa para importar SKD e CKD[Completely Knocked Down, totalmente desmontado]. Outra hipótese que surgiu é de não reduzir atarifa, mas dar uma cota, não para uma empresa, mas para quem quiser importar, até 1 de julho,antecipando os 35% para 2026. Esse foi o pleito da Anfavea. E ao invés de estabelecer a reduçãotarifária, estabelecer uma cota até 1 de julho de 2026. Isso será discutido no Gecex e depois naCamex, que são 10 ministérios. Não é uma decisão pessoal”, explicou Alckmin.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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