São Paulo, 1 de agosto de 2025 – Segundo os analistas James Smith e Chris Turner, da ING, oBanco da Inglaterra (BoE) deve cortar os juros na reunião do dia 7 de agosto, que atualmente estáem 4,25%. “Mas essa ação aparentemente cautelosa, que dará continuidade a um padrão jáconsolidado de cortes trimestrais de juros, esconde divisões marcantes entre os formuladores depolíticas sobre o que fazer em seguida. É muito provável uma divisão em três partes, com algunsmembros votando por nenhuma mudança, outros por um corte de 0,25 ponto percentual (pp) e outros porum corte mais agressivo de 0,50 pp”, dizem.
A questão que paira sobre esta reunião, segundo eles, é se uma deterioração maispreocupante no mercado de trabalho está por vir. Sem dúvida, a folga (slack) está aumentando. Onúmero de empregados com folha de pagamento caiu em sete dos últimos oito meses. “A taxa dedesemprego subiu alguns décimos de ponto percentual neste ano (e, fundamentalmente, ao contráriodos últimos anos, os dados parecem mais confiáveis). Dados de vagas do Indeed sugerem que omercado de trabalho do Reino Unido esfriou mais do que em outras grandes economias”, continuam.
Os analistas acreditam que um dos diretores do BoE, Catherine Mann, provavelmente votará pornão mudar os juros. Ela pode ser acompanhada por Huw Pill e Megan Greene, embora a falta decomentários recentes de ambos dificulte essa avaliação. No extremo oposto do espectro, SwatiDhingra provavelmente votará por um corte maior de 0,50 pp. “O colega dovish Alan Taylor pode sertentado a se juntar a ela, embora ele tenha dito recentemente que gostaria de ver mais três cortesneste ano, o que tende a sugerir que ele votará por movimentos de 0,25 pp em cada reunião. DaveRamsden também é alguém a observar”.
“Se tivéssemos que adivinhar, suspeitamos que obteremos sete membros votando pelo corte de taxade 0,25 pp, com um dissidente em qualquer dos campos alternativos (sem mudança/corte de 0,50 pp).Aconteça o que acontecer, não se leia muito nisso. A história nos diz que a divisão do voto temmuito pouco poder preditivo para decisões futuras, embora obviamente isso não impeça os mercadosde reagirem no dia”.
Os analistas também estarão prestando atenção a quaisquer indícios sobre a decisão anualdo Banco sobre o aperto quantitativo, prevista para setembro. O foco está em saber se o Bancoreduzirá sua meta anual atual de redução de gilts de 100 bilhões de libras, dado os recentesestresses no mercado de gilts ou, alternativamente, se desviará as vendas de títulos de prazomais longo. “O Relatório de Política Monetária deste mês provavelmente comentará se o QT estátendo um impacto maior nos rendimentos dos títulos. E se estiver, isso pode ser um prenúncio paraum ritmo mais lento nas vendas ativas de gilts”, conclui.
Vanessa Zampronho / Safras News
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