BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O líder do PT na Câmara, o deputado Lindbergh Farias, disse que a prisão domiciliar imposta a Jair Bolsonaro (PL), pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é um freio necessário contra o ex-presidente.
“Um ex-presidente que conspira com potências estrangeiras para enfraquecer seu próprio país não está apenas afrontando a Justiça, mas traindo os fundamentos constitucionais da República. A prisão domiciliar é um freio necessário até o julgamento final, que tende à sua condenação definitiva e ao início da execução da pena”, escreveu em sua conta no X (antigo Twitter).
“A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro não se deu apenas pelo descumprimento de cautelares, mas pela constatação de que ele continua agindo contra o Estado Democrático de Direito. Como apontou o ministro Moraes, Bolsonaro tem feito a ‘busca de apoio de autoridades e políticos norte-americanos para deslegitimar as instituições brasileiras’, em articulação com atores internacionais hostis ao país”, diz.
Ainda em sua publicação, Lindbergh relembra a articulação de Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), na questão do tarifaço imposto pelos Estado Unidos de Donald Trump. A sobretaxa de 50% a produtos brasileiros tem sido usada como objeto político para negociar a anistia do ex-presidente nos processos que enfrenta.
“Mais grave ainda: Jair Bolsonaro passou a dar ‘apoio a sanções econômicas impostas por Estado estrangeiro ao Brasil’, numa ofensiva aberta contra a soberania nacional”, diz a mensagem.
Ministros do governo Lula (PT) também fizeram publicações em torno de Bolsonaro e sua prisão, após a divulgação da decisão do ministro Alexandre de Moraes.
Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) direcionou sua publicação aos presidentes do União Brasil, Antonio Rueda, e do PP, Ciro Nogueira, pelas críticas feitas por eles ao presidente Lula na questão do tarifaço. No texto, ela afirma que os líderes precisam decidir se apoiam os interesses do Brasil ou os de Bolsonaro.
“Ao contrário do que dizem os presidentes do UB e do PP, não foi o presidente @LulaOficial que buscou o confronto com o governo dos EUA. Não foi ele que impôs tarifas nem interferiu na Justiça de outro país. Quem provocou as sanções de Trump foi a família Bolsonaro, num ato de traição ao Brasil e ao nosso povo”, escreveu ela.
“Espantoso é que esses presidentes de partidos políticos brasileiros não se manifestem sobre essa conspiração contra nossa soberania nem sobre os parlamentares que a apoiam, principalmente o deputado filho de Jair Bolsonaro que está nos EUA agindo contra o Brasil. Precisam dizer de que lado estão: dos interesses do Brasil ou dos interesses de Bolsonaro.”
Já Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) publicou em suas redes o aviso sobre a prisão do ex-presidente, com a mensagem de “urgente”.