Fitch corta notas de crédito de 'BB' para 'BB-', com perspectiva negativa

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São Paulo, 13 de agosto de 2025 – A Braskem informou que a agência de classificação de riscoFitch Ratings revisou para baixo a nota de crédito da companhia em escala global, passando de BBpara BB-. Além disso, o Rating Nacional de Longo Prazo da Braskem S.A. foi rebaixado para AA(bra),de AAA(bra), ambas com perspectiva negativa.

Segundo a Fitch, os rebaixamentos refletem indicadores de crédito persistentemente fracos,especialmente após os resultados do último trimestre, que levaram a uma revisão das projeçõesde alavancagem da Fitch (excluindo a Braskem Idesa) em 2025 e 2026 bem acima dos gatilhos daagência para um rating BB. “Em meio a adversas dinâmicas externas do setor, a capacidade dacompanhia para implementar medidas eficazes continua limitada, pois a maioria das iniciativasapresentadas até agora depende de decisões governamentais”, apontou a agência.

Os analistas da Fitch afirmaram ainda que o elevado endividamento da companhia é resultado diretode spreads petroquímicos fracos por muito tempo e contínuas dificuldades do setor. O ritmo maislento de desalavancagem e a atual posição financeira da companhia oferecem pouca margem contrachoques de mercado, operacionais ou macroeconômicos. O caminho da desalavancagem depende, em grandeparte, da recuperação do setor, deixando a companhia vulnerável caso condições adversaspersistam ou se intensifiquem.

No comunicado, a Braskem reforçou seu compromisso com a sua higidez financeira, “mediante aimplementação de iniciativas de resiliência para mitigar os impactos decorrentes do prolongamentodo ciclo de baixa da indústria, e com o fortalecimento da competitividade da indústria químicabrasileira”.

BALANÇO

Na semana passada, a companhia divulgou o balanço do segundo trimestre de 2025 (2T25), comprejuízo líquido de R$ 267 milhões, inferior ao prejuízo líquido de R$ 3,7 bilhões registradono mesmo período no ano passado (2T24). De janeiro a junho, o lucro líquido foi de R$ 431milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 5,081 bilhões registrado no mesmo período do anopassado (1S24).

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês)recorrente foi de R$ 427 milhões, queda de 74% em relação ao 2T24. De janeiro a junho, o Ebitdarecorrente foi de R$ 1,749 bilhão, queda de 38% em comparação ao mesmo período do ano passado(1S24). A margem Ebitda foi de 2%, queda de 0,6 ponto percentual. Segundo a companhia, o resultadofoi impactado em função, principalmente, da redução nos spreads internacionais de PE e PVC nossegmentos Brasil/América do Sul e México, dos efeitos da parada programada de manutenção noMéxico, e do efeito estoque nos segmentos.

O volume de vendas de resinas no Brasil cresceu 1% no 2T25 na comparação anual, reflexo,principalmente, do aumento no volume de vendas de gasolina, tolueno e benzeno, em função da maiordisponibilidade de produto para venda devido a normalização das operações no Rio Grande do Sul,compensado parcialmente pelo menor volume de vendas de paraxileno em função da parada programadaocorrida no 2T25 nesta unidade.

Segundo a companhia, o mercado brasileiro permaneceu em linha em comparação ao 1T25, explicado,principalmente, pelo maior volume de vendas de benzeno e propeno em função do aumento da demandano mercado brasileiro. Tal efeito foi compensado, parcialmente, pelo menor volume de vendas deparaxileno em função da parada programada ocorrida no 2T25 na unidade de produção deste produtoe eteno em função da redução da demanda no mercado brasileiro durante o período.

Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)

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