SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A taxa de inflação mensal da Argentina subiu em julho para 1,9%, em linha com as estimativas, enquanto a taxa anual, que já foi de três dígitos, caiu para seu nível mais baixo desde 2020, segundo dados oficiais divulgados nesta quarta-feira (13).
Julho marca o terceiro mês consecutivo com inflação mês a mês abaixo de 2%, uma tendência que não era registrada desde novembro de 2017, escreveu o ministro da Economia argentino, Luis Caputo, nas redes sociais após a divulgação.
Analistas consultados pela LSEG haviam projetado uma inflação mensal de 1,8%. Em junho, a taxa mensal subiu para 1,6% após cair para uma mínima de cinco anos de 1,5% em maio.
A taxa de inflação anual da Argentina em julho caiu para seu nível mais baixo desde dezembro de 2020, de acordo com dados da LSEG. Os preços subiram 36,6% nos 12 meses até julho, desacelerando em relação à taxa de 39,4% do mês anterior e em linha com a taxa de 36,6% prevista pelos analistas.
Categorias como lazer, transportes e restaurantes lideraram as altas no preço no mês passado, quando o peso caiu mais de 12% em relação ao dólar, pior desempenho desde a desvalorização da moeda que o presidente Javier Milei promoveu no início de seu mandato.
Economistas do FMI (Fundo Monetário Internacional) estimam que a inflação argentina termine este ano em 27%, queda expressiva em relação aos 117,8% do ano passado.
O combate à inflação é uma das principais bandeiras de Milei e uma das maiores razões que o fizeram derrotar o ex-ministro da Economia, Sergio Massa, em 2023. O ultraliberal tomou posse em 10 de dezembro daquele ano, quando a inflação acumulada alcançou 211,4%.