São Paulo, 14 de agosto de 2025 – A BRF reportou um lucro líquido societário consolidado de R$735 milhões no segundo trimestre de 2025, queda de 32,8% em relação ao lucro de R$ 1,1 bilhão nomesmo período de 2024, impactado pela hiperinflação na Turquia, justificou a empresa, no seurelatório trimestral.
“O segundo trimestre de 2025 foi marcado pelo anúncio da fusão dos negócios da BRF com a Marfrig,criando a MBRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, com uma receita líquidaconsolidada de R$ 152 bilhões. O movimento resultará em uma única empresa listada, mais ágil ediversificada, com forte presença global.”
“A ampla aprovação da operação na assembleia geral de acionistas ocorrida em agosto, com avalidação da maioria dos minoritários, reforça a confiança dos investidores em nossa propostade valor. Concretizada a operação, teremos uma companhia verdadeiramente multiproteína, commarcas icônicas e um portfólio integrado, com 38% do volume de vendas proveniente de produtosprocessados com alto valor agregado.”
“Nossa gestão, cada vez mais complementar, e as trocas de melhores práticas já tem contribuídopara uma companhia focada na excelência operacional e na obtenção de resultados de formaconsistente como demonstrado pelo recorde histórico de EBITDA apresentado pela BRF na primeirametade deste ano”, comentou o Presidente do Conselho de Administração da companhia, Marcos Molina,no relatório trimestral.
A receita líquida consolidada somou R$ 15,4 bilhões no trimestre, uma elevação de 2,9%, nacomparação anual, a explicada, principalmente, pelo aumento de 4,2% a/a do preço médio,influenciado, entre outros fatores, pela evolução de preços e volumes no mercado interno em todosos segmentos e nas exportações de proteínas suína e de peru, como também, pelo impacto cambialna receita do segmento Internacional (ptax média 2T24 em R$ 5,21 versus R$ 5,67 no 2T2517), quecontribuiu para mitigar a redução nos volumes de vendas associados às suspensões de exportaçãode carne de frango por conta dos focos de gripe aviária. Na comparação trimestral, a retraçãode 1,0% da receita é também justificada pela redução dos volumes vendidos como resultado dosbloqueios temporários para a exportação da proteína de frango para diversos mercados. Na visãogerencial, onde excluímos os efeitos da hiperinflação da Turquia em todos os períodos, nossareceita líquida atingiu R$ 15.464 milhões no 2T25 versus R$ 14.672 milhões no 2T24 e R$ 15.573 no1T25, uma variação de 5,4% a/a e -0,7% t/t”, disse a BRF.
No Brasil, a receita líquida subiu 17,6% no período e somou R$ 8,1 bilhões, enquanto no segmentoInternacional foi de R$ 6,7 bilhões, retração de 4,7%, na mesma base de comparação. Em Outrossegmento, a receita líquida totalizou R$ 643 milhões, queda de 11,7% em relação ao 2T24.
O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado caiu 4,5% noperíodo e somou R$ 2,5 bilhões,
O ebitda societário caiu 4,1%, na base anual, para R$ 2,5 bilhões. As margens ebitda ajustada esocietária caíram para 16,3%, de 17,6% um ano antes, e 16,0%, de 17,2%, respectivamente.
O número total de toneladas produzidas pela companhia no segundo trimestre deste ano foi de 1,228milhão de toneladas, 1,3% menor que o visto na comparação com o ano passado.
No período, alavancagem da BRF, medido pela relação dívida líquida por ebitda ajustado, era de0,43 vez, 62,3% inferior ao visto na comparação anual. A geração de caixa operacional alcançouR$ 842 milhões no trimestre, queda de 51,3% ante o mesmo período do ano anterior.
A dívida líquida da empresa era de R$ 4,7 bilhões ao final do trimestre, queda de 47,0% que nomesmo período do ano passado.
O CEO da BRF, Miguel Gularte, comentou na mensagem da administração: “A BRF chega à metade de2025 reportando o melhor 1 semestre de toda a sua história, com EBITDA de R$ 5,3 bilhões e lucrolíquido de R$ 1,9 bilhões. Os resultados evidenciam a excelência operacional, visão estratégicae disciplina financeira da Companhia, além de sua capacidade de reação em cenário adverso como oenfrentado no segundo trimestre, marcado pelos bloqueios na exportação brasileira de frango.”
“Concentrada em sua trajetória de eficiência e geração de valor, a empresa apresenta no segundotrimestre uma receita líquida de R$ 15,4 bilhões, EBITDA de R$ 2,5 bilhões, além de um fluxo decaixa livre de R$ 842 milhões, refletindo na menor alavancagem já registrada na história daCompanhia (0,43x).”
“O segmento Brasil registrou o maior volume e receita operacional líquida para um segundotrimestre, impulsionado pelo aumento na base de clientes atendidos, que hoje ultrapassa o patamar de330 mil, e pelo consumo aquecido no mercado interno. Durante o período, fortalecemos também aconexão das nossas marcas com os consumidores por meio da renovação de patrocínios estratégicose ampliação do nosso portfólio através de inovações em produtos de valor agregado, comdestaque para os hambúrgueres Sadia/Bassi e Perdigão/Montana, e a entrada da Perdigão nacategoria de lanches prontos.”
“No segmento internacional, a Companhia deu continuidade à sua estratégia de diversificação dedestinos, conquistando 11 novas habilitações no trimestre, 23 no acumulado do ano e totalizando198 desde 2022. No mercado Halal, a empresa segue consolidando sua liderança e forte presença como lançamento da linha Sadia Fresh de frangos resfriados produzidos na Arábia Saudita, reforçandoainda a parceria estratégica com o Reino. Além disso, registramos crescimento de participação demercado de produtos processados em países do GCC.”
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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