São Paulo, 15 de agosto de 2025 – Os Estados Unidos cancelaram o visto da mulher e dafilha, de 10 anos, de Alexandre de Padilha, ministro da Saúde do governo Lula (PT). As duas estãono Brasil. As informações são do blog da Julia Duailibi, do portal G1.
A família de Padilha foi informada dos cancelamentos nesta manhã por comunicados enviados peloconsulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo. Nos comunicados, obtidos pelo blog, o governoamericano informa que os vistos foram cancelados porque, após a emissão, “surgiram informaçõesindicando” que a mulher de Padilha e a filha não eram mais elegíveis.
Padilha, que comandava a pasta em 2013, quando foi criado o Mais Médicos, afirmou ao blog daAna Flor que não teve visto cancelado porque o dele está vencido há vários meses. Ele está semvisto desde 2024.
Segundo esses documentos, o cancelamento do visto impede a pessoa de entrar nos Estados Unidos.Caso já esteja em solo americano, pode permanecer durante o período de vigência. O visto écancelado assim que ela deixa o país.
Nesta semana, o Departamento de Estado dos EUA revogou vistos de funcionários do governobrasileiro ligados ao programa Mais Médicos. Foram revogados os vistos de Mozart Julio TabosaSales, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman,ex-assessor de Relações Internacionais do ministério e atual coordenador-geral para COP30.
O anúncio das sanções foi acompanhado de uma postagem da embaixada americana em Brasília,atribuída à Agência para as Relações com o Hemisfério Ocidental. No texto, o Mais Médicos édescrito como “um golpe diplomático que explorou médicos cubanos, enriqueceu o regime cubanocorrupto e foi acobertado por autoridades brasileiras e ex-funcionários da Opas [sigla daOrganização Panamericana da Saúde]”.
Após o anúncio, Padilha defendeu o Mais Médicos e disse que o programa “sobreviverá aataques injustificáveis de quem quer que seja”. Segundo ele, “o programa salva-vidas e é aprovadopor quem mais importa: a população brasileira”.
Na quarta-feira (13), o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) repercutiu oanúncio do governo dos Estados Unidos sobre a revogação do visto de entrada no país defuncionários brasileiros que atuaram no programa Mais Médicos.
Segundo Eduardo, a medida “reforça o compromisso da administração Trump em conter e punirregimes autoritários”. Eduardo se licenciou do mandato de deputado para se mudar para os EstadosUnidos. Lá, de acordo com ele próprio e com a família, ele está buscando o governo Donald Trumppara pedir sanções ao Brasil.
Na argumentação do grupo de Eduardo, eles querem as sanções para “punir” o Brasil pelojulgamento de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Eduardo Bolsonaro é investigado noSTF por tentar atrapalhar os processos. Ele continua em sua ofensiva contra ao Brasil junto aogoverno norte-americano.
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