SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (12) que levará em consideração “ideologias antiamericanas” ao analisar pedidos de visto e outros benefícios para imigrantes. A novidade foi anunciada pela Casa Branca em um post na rede social X.
O Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS, na sigla em inglês) está atualizando o seu manual que reúne critérios que devem ser considerados na hora de analisar as candidaturas.
A pasta afirma que o documento será negado a pessoas com “envolvimento em organizações antiamericanas ou terroristas”, sem dar exemplos ou especificar, com evidência de “atividade antissemita”.
O USCIS disse ainda também que “expandiu os tipos de solicitações de benefícios que passam por verificação nas redes sociais”.
“Os benefícios da América não devem ser concedidos àqueles que desprezam o país e promovem ideologias antiamericanas. O USCIS está comprometido em implementar políticas e procedimentos que eliminem o antiamericanismo e apoiar a aplicação de medidas rigorosas de triagem e verificação na maior extensão possível”, afirmou o porta-voz da pasta, Matthew Tragesser.
Ele reforçou que os “benefícios de imigração” são “um privilégio, não um direito”.
O governo de Donald Trump anunciou neste ano que vai apertar a verificação de redes sociais dos postulantes à autorização de entrada no país. Funcionários consulares vão passar a exigir,, por exemplo, que os candidatos a um visto estudantil concedam acesso a perfis em redes sociais que estejam no modo privado, ou seja, sem acesso para usuários que não sejam autorizados.
Um dia antes, nesta segunda-feira (18), os EUA anunciaram que revogaram 6.000 vistos de estudantes desde que o secretário de Estado, Marco Rubio, assumiu o cargo há sete meses.
Rubio, para agradar a base de apoiadores do presidente, tem encabeçado uma ofensiva contra estudantes estrangeiros, utilizando uma lei que lhe permite rescindir vistos de pessoas que considera irem contra os interesses da política externa dos EUA.
A gestão do republicano também adotou uma política anti-imigração de deportação em massa de pessoas em situação ilegal no país.