Alcolumbre diz que ele e Motta estão 'esmagados' e a todo instante ameaçados a escolher um lado

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), reclamou da polarização política nesta quarta-feira (20) e disse, em tom de desabafo, que ele e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), estão esmagados entre os polos. Segundo ele, a humanidade vive seu momento mais delicado.

“Estamos ficando esmagados. Porque a todo instante o presidente Hugo e eu estamos sendo convocados e até mesmo ameaçados a escolhermos o lado. Ou temos que nos posicionar a favor do governo ou temos que nos posicionar contra o governo”, declarou o presidente do Senado.

“Estou com saudade do debate no plenário do Senado federal e do Congresso Nacional que sejam a favor do Brasil. Estamos vivendo um processo permanente de eleição”, disse Alcolumbre.

“Estamos vivendo uma constante guerra eleitoral. Não interessa a mim essa guerra eleitoral. E não interessa à maioria dos brasileiros”, disse ele. Segundo ele, a maioria das pessoas está “apavorada de se manifestar” por causa da polarização.

O senador mencionou, sem citar nomes, o motim bolsonarista que tomou os plenários da Câmara e do Senado no começo do mês. “Vivemos um momento, na volta do recesso, delicadíssimo na história da nação brasileira, da democracia”, afirmou ele.

“Estamos vivendo desde a última eleição uma agressão maluca às instituições democráticas e republicanas. E eu estou no meio delas”, declarou Alcolumbre, mencionando ter a obrigação de defender as prerrogativas do Legislativo.

Alcolumbre deu as declarações no Congresso Nacional, durante o lançamento do livro “Memórias e Testemunhos – Revelações Políticas”, do ex-senador Edison Lobão. Hugo Motta também estava na solenidade.

O presidente do Senado disse que costuma dizer a Motta para ficar firme e fazer seu trabalho “tendo a certeza absoluta que no outro dia pela manhã vamos continuar sendo atacados”.

Alcolumbre, que é judeu, também disse que vem sendo alvo de ataques religiosos nas redes sociais. “Na última vez que isso começou, mataram mais de 6 milhões de pessoas”, afirmou, em referência ao holocausto.

“Não é possível. ‘Tem que eliminar esse porque não resolveram tudo muitos anos atrás'”, disse o presidente do Senado, em aparente referência a algum ataque religioso que recebeu.

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