Decisão de Dino traz insegurança ao mercado; isenção do IR, CPMI e popularidade de Lula merecem atenção

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São Paulo, 22 de agosto de 2025 – A semana foi politicamente agitada e com impacto direto sobre ocomportamento do mercado. A determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre asleis internacionais no Brasil trouxe insegurança ao mercado e causou queda nas ações do setorfinanceiro, impactando também dólar e juros.

Outros pontos merecerem atenção especial dos investidores. Novas denúncias e indiciamento doex-presidente Jair Bolsonaro, pesquisas indicando ascensão do presidente Lula na corridapresidencial, a derrota inesperada da base governista na instalação da CPMI mista do INSS e oavanço do projeto de isenção do imposto de renda para quem ganha menos de R$ 5 mil.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, recentemente sancionado pelogoverno dos Estados Unidos, disse à Reuters que tribunais brasileiros podem punir instituiçõesfinanceiras nacionais que bloquearem ou confiscarem ativos domésticos em resposta a ordensnorte-americanas. As declarações foram dadas em meio a um impasse que derrubaram as ações debancos brasileiros, que ficaram em meio a sanções norte-americanas e ordens do STF. Moraesreconheceu que a atuação da Justiça dos EUA em relação aos bancos brasileiros que têmoperações nos Estados Unidos “é da aplicação da lei norte-americana”.

A indefinição pesou sobre os ativos financeiros. No campo político, o mercado também acompanhacom apreensão a melhora da popularidade do governo Lula e a divisão da direita, em meio àatuação de Eduardo Bolsonaro a favor o tarifaço de Trump. A rejeição ao ex-presidente JairBolsonaro cresce e o nome mais forte neste momento para concorrer com Lula, o governador de SãoPaulo Tarcísio Freitas, evita uma atuação mais incisiva e vê Lula se distanciar em um possívelsegundo turno.

Com a melhora na popularidade e avanço na corrida presencial, o presidente Luiz Inácio Lula daSilva deve manter o discurso da soberania nacional e um acordo sobre as tarifas, mesmo que continuetentando negociar, não parece ser tão urgente. A melhora do governo em pesquisas coincide com acrise diplomática com os Estados Unidos.

No Congresso, o governo enfrentou uma derrota na definição da presidência e relatoria da CPMI doINSSE, mesmo com apoio dos presidentes das casas. O temor é que uma CPMI mais oposicionista atrasea pauta econômica. Em contrapartida, o governo viu avançar o projeto de isenção do IR, comurgência aprovada e com votação a ser acertada para a próxima semana. A base governista esperatambém por evolução na MP do plano de contingência anunciado recentemente.

Dylan Della Pasqua / Safras News

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