Israel proíbe entrada de duas ministras espanholas após críticas à guerra em Gaza; Espanha reage

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São Paulo, 8 de setembro de 2025 – O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar,anunciou nesta segunda-feira a proibição de entrada no país da ministra do Trabalho da Espanha,Yolanda Díaz, e da ministra da Juventude e Infância, Sira Rego, após críticas à guerra deIsrael na Faixa de Gaza. As informações são da agência de notícias “Sputnik”.

“Não é mais possível evitar a imposição de sanções pessoais contra membros do governoespanhol que ultrapassaram todas as linhas vermelhas. Portanto, decidi, juntamente com o ministrointerino do Interior, Yariv Levin, e com a aprovação do Primeiro-Ministro, que aplicaremossanções pessoais da seguinte forma: em relação à vice-primeira-ministra da Espanha e ministrado Trabalho, Yolanda Díaz – sua entrada em Israel será proibida e Israel não manterá qualquercontato com ela… Sanções similares também serão impostas contra Sira Rego”, afirmou Saar,segundo o Ministério das Relações Exteriores israelense, em publicação na X.

Díaz acusou Israel de cometer crimes de guerra em Gaza, enquanto Rego descreveu o país como um”estado genocida”.

O ministro israelense acusou o governo espanhol de adotar uma política hostil a Israel, usandouma “retórica selvagem e repleta de ódio”, e disse que levaria a “conduta hostil” do governoespanhol ao conhecimento de seus aliados.

O Ministério das Relações Exteriores da Espanha rejeitou as acusações de antissemitismofeitas por Israel e criticou a decisão de proibir a entrada de duas integrantes do governo nopaís.

“O Governo Espanhol rejeita veementemente as falsas e difamatórias acusações deantissemitismo feitas pelo Governo de Israel contra a Espanha e os espanhóis, assim como ainaceitável proibição de entrada de dois membros do governo espanhol em Israel”, afirmou oministério.

O comunicado lembrou que a Espanha condenou o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023,exigiu a libertação de todos os reféns, concedeu cidadania a 72 mil judeus sefarditas nosúltimos anos, aprovou o Plano Nacional inaugural contra o Antissemitismo em 2023 e adotou adefinição de antissemitismo aprovada pela International Holocaust Remembrance Alliance.

Mais cedo, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou nove novas medidas contraIsrael em resposta às suas ações na Faixa de Gaza. Entre elas estão a aprovação de uma lei queconsolida um embargo de armas efetivo a Israel, a proibição da entrada de navios transportandocombustível para o exército israelense em portos espanhóis e o fechamento do espaço aéreo aaeronaves governamentais transportando suprimentos militares.

Além disso, pessoas envolvidas em “genocídio, violações de direitos humanos e crimes deguerra em Gaza” terão entrada proibida na Espanha, e os serviços consulares para cidadãosespanhóis vivendo em assentamentos israelenses nas áreas ocupadas serão minimizados. Madritambém destinará 10 milhões de euros (US$ 11,7 milhões) à Agência das Nações Unidas paraRefugiados Palestinos (UNRWA) e aumentará a ajuda humanitária para Gaza para 150 milhões de eurosaté 2026.

Larissa Bernardes- larissa.bernardes@cma.com.br (Safras news)

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