Lula diz que operação contra crime organizado 'finalmente alcançou o andar de cima, a Faria Lima'

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CURITIBA, PR E MANAUS, AM (FOLHAPRESS) – Ao falar sobre o crime organizado nesta terça-feira (9), em Manaus (AM), o presidente Lula disse que a investigação “finalmente alcançou o andar de cima, a Faria Lima”, em referência à megaoperação do final de agosto que desvendou a infiltração do crime organizado em setores da economia.

“Para combater o crime de forma efetiva, é preciso neutralizar suas lideranças e asfixiar seus mecanismos de financiamento. Há poucos dias, realizamos no Brasil a maior operação da história contra o crime organizado que finalmente alcançou o andar de cima do crime organizado, a Faria Lima, a famosa linha bancária do Brasil”, disse Lula.

Ao todo, três operações que miraram a infiltração do PCC (Primeiro Comando da Capital) ocorreram ao mesmo tempo no dia 28 de agosto. A mais importante delas é a Carbono Oculto, uma parceria entre o Gaeco, do Ministério Público de São Paulo, e a Receita Federal, vinculada ao governo federal. As outras duas, Quasar e Tank, foram feitas pela Polícia Federal.

“Não podemos permitir que os moradores das periferias, os povos indígenas e as comunidades ribeirinhas tenham suas vidas marcadas pela violência enquanto os mais endinheirados ficam impunes. Os mais vulneráveis são os que mais sofrem com a criminalidade”, continuou o presidente.

No dia da divulgação das operações, Lula também turbinou a divulgação das ações contra o crime organizado depois de saber que o secretário de Segurança Pública da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) participaria do anúncio à imprensa sobre a Carbono Oculto.

O episódio foi mais um capítulo da disputa da Polícia Federal com o Ministério Público de São Paulo e deu uma amostra de uma possível disputa eleitoral de Lula contra Tarcísio.

Nesta terça Lula afirmou ainda que organizações criminosas são “verdadeiras multinacionais embrenhadas em diversos setores da sociedade” e que “os mais vulneráveis são os que mais sofrem”.

O presidente citou a operação durante discurso na cerimônia de inauguração do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia.

Segundo o governo federal, a unidade, chamada CCPI Amazônia, com sede em Manaus, quer promover a colaboração entre os nove países amazônicos e os nove estados brasileiros que compõem a Amazônia Legal no enfrentamento de crimes ambientais, tráfico de entorpecentes, armas e pessoas.

O evento desta terça contou com a presença do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e também da vice-presidente do Equador, María José Pinto.

“É a primeira vez na história da Amazônia que tantos atores se reúnem no mesmo espaço físico em torno de um objetivo comum. Não precisamos de intervenções estrangeiras nem de ameaças à nossa soberania. Somos perfeitamente capazes de sermos protagonistas das nossas próprias soluções”, disse o petista.

“Não existem espaços vazios. O crime ocupa os lugares que o Estado não preenche. Nossa missão é restituir a força da lei pela presença do estado. É isso que simboliza este centro”, continuou.

O CCPI Amazônia funcionará como espaço de articulação entre a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Força Nacional e as forças de segurança dos nove estados da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), além de autoridades policiais de países da Panamazônia e de organismos internacionais.

Segundo o governo federal, o CCPI tem investimento de R$ 36,7 milhões do Fundo Amazônia, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e gerido pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

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