Wajnsztok, da Gouvêa Ecosystem, cita tripé que deve guiar varejistas: tecnologia, finanças e olhar de mercado

  • Para executivo, tecnologia precisa ser entendida como investimento estratégico, não como custo operacional. É ativo, na análise de Wajnsztok
  • Falta de gestão financeira profissionalizada é outro ponto citado em entrevista ao DC NEWS TALKS. Olhar ao consumidor é terceiro ponto
Por Bruna Lencioni

[AGÊNCIA DC NEWS]. A Gouvêa Ecosystem (37 anos de fundação) é um dos principais grupos de consultoria e inovação em varejo do Brasil, com presença nacional e internacional, e atuação em diferentes verticais voltadas ao varejo, da inteligência de mercado a experiências de marca. Já trabalhou para mais de 4 mil companhias e tem cases ao lado de players como Jequiti, iFood, Boticário, Bayer, entre outros. Baseada em dados e análises, a empresa apoia clientes na busca de soluções estratégicas para desafios que chegam à mesa. Com passagens por gigantes como o Walmart, Roberto Wajnsztok, sócio-diretor da Gouvêa Consulting (braço da Gouvêa Ecosystem), resumiu no videocast DC NEWS TALKS o que considera o tripé que deve guiar qualquer varejista, do pequeno ao grande. “São três as principais demandas ao varejo hoje. Tecnologia, gestão financeira e olhar de mercado”, afirmou. “Se focar nesses três, acho difícil ter revés.”

Na avaliação do executivo, a tecnologia precisa ser entendida como o motor central da competitividade. Ele explica que digitalização, dados e inteligência artificial não devem ser encarados como despesas, mas como ativos de longo prazo. “A tecnologia precisa ser entendida como investimento estratégico, não como custo operacional”, disse. O argumento é de que, aplicada corretamente, a tecnologia permite reduzir desperdícios, aumentar a eficiência da operação e ampliar margens em um setor marcado pela pressão sobre custos.

O segundo pilar do tripé, a gestão financeira, é visto por Wajnsztok como indispensável à saúde dos negócios em qualquer conjuntura. Para ele, muitos varejistas ainda falham em estruturar adequadamente capital de giro, fluxo de caixa e o planejamento de dívidas. “Sem uma gestão financeira profissionalizada, o varejo não sobrevive a crises e sazonalidades”, afirmou. Essa visão, acrescenta, é aplicável a startups digitais e também a redes físicas tradicionais.

O olhar de mercado é o terceiro ponto defendido pelo executivo. Na prática, ele significa acompanhar de perto o comportamento do consumidor e antecipar movimentos, em vez de apenas reagir a eles. “Entender o que o cliente valoriza e se adaptar rápido é determinante”, disse. Segundo ele, pesquisas, benchmarking e a observação de práticas globais são ferramentas que ajudam a manter a relevância em um setor em constante mutação.

Escolhas do Editor

O cenário macroeconômico, marcado por juros altos e inflação, também foi abordado. Para Wajnsztok, ainda assim há espaço para crescimento e inovação no Brasil. “O varejo brasileiro sempre foi resiliente e continua se reinventando diante dos desafios”, afirmou. Entre as tendências que já moldam essa reinvenção, ele cita a omnicanalidade, a digitalização e o uso intensivo de inteligência artificial.

LATAM RETAIL SHOW

Esses debates ganham palco no Latam Retail Show sponsored by IBM, organizado pela Gouvêa Experience, vertical de experiências de marca da Gouvêa Ecosystem, a Gouvêa Experience. O evento, que será realizado de 16 a 18 de setembro em São Paulo, chega à 10ª edição com o tema “Retail Metafusion: 10 Years Ahead”. Considerado o maior congresso de varejo, franchising, e-commerce, food service e shopping centers da América Latina, reunirá executivos, especialistas e pesquisadores para debater o futuro do setor. “O Latam Retail Show é um espaço único para antecipar tendências e pensar o futuro do setor”, disse. Confira a entrevista.

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