Ativa mantém compra e target em 148 mil pontos para o ano com eleições e corte de juros no radar

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São Paulo, 10 de setembro de 2025 – A Ativa Investimentos mantém a projeção para o Ibovespa em148 mil pontos no final deste ano e a recomendação de compra para a bolsa brasileira. Aavaliação considera que, no cenário doméstico, os juros podem ter alcançado o pico enquanto umaguinada no ambiente eleitoral também pode ser um catalisador. Nos EUA, embora a inflaçãopermaneça persistente e o PIB siga em expansão, a fraqueza recente no mercado de trabalho reforçao espaço para que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) implemente os cortes dejuros já precificados pelo mercado.

“Entendemos que a materialização do cenário atualmente embutido na curva americana já seriasuficiente para impulsionar fluxos de capital para mercados emergentes, beneficiando o Brasil”,comenta a Ativa, em relatório.

Em relação ao cenário internacional, a análise aponta que ele segue ancorado na expectativa decortes de juros pelo Fed, enquanto riscos relacionados à política fiscal e às eleiçõesamericanas permanecem no radar. “Na China, dados de atividade mais fracos em agosto e a ausência denovos estímulos relevantes pesaram sobre os preços das commodities, ainda que medidas pontuais nosetor de infraestrutura tenham oferecido algum alívio. Mantemos como cenário-base que osestímulos, no curto prazo, não terão magnitude para alterar de forma significativa o ritmo daeconomia. Em síntese, de internacional, o viés positivo para a bolsa é sustentado pelaperspectiva de flexibilização monetária nos EUA.”

No ambiente doméstico, a Ativa aponta que dois temas seguem no centro das atenções: o ritmo dociclo de cortes de juros e as eleições de 2026. “Entendemos que a combinação entre umatrajetória de inflação mais benigna e a um PIB mais fraco no segundo semestre podem antecipardiscussões sobre cortes adicionais de juros antes de 2026. Ademais, as eleições de 2026permanecem no radar dos investidores. A popularidade do atual governante arrefeceu em agosto,permitindo que parte desse movimento fosse gradualmente incorporada aos preços dos ativos.”

Em termos de valuation, a avaliação para o índice considera que o nível atual “já não pode serconsiderado uma barganha”, embora esta avaliação dependa, em grande parte, do comportamento futurodos juros (EUA e Brasil) e do desdobramento do cenário político brasileiro de 2026. “Em outraspalavras, acreditamos que os preços ainda se mantêm razoáveis diante ainda de uma temporada deresultados que, em sua maioria, ficou aquém do esperado e que pode levar a revisões baixistas nasestimativas de lucros. Mesmo assim, ao incorporarmos a possibilidade de uma guinada política, oinício de um ciclo de queda de juros e o ingresso de fluxo estrangeiro, enxergamos espaço para queos ativos sejam negociados em patamares mais elevados.”

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

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