São Paulo, 10 de setembro de 2025 – Na 310a reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico(CMSE) realizada nesta quarta-feira (10/09), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira,destacou o início da energização da Linha de Transmissão Manaus-Boa Vista, que marca ainterligação de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Para o ministro, a conquistarepresenta um dia festivo para o setor elétrico, ao assegurar mais segurança energética,equilíbrio tarifário e condições para o avanço da transição energética no Brasil.
Hoje nós tivemos uma grande conquista: pela primeira vez, 100% do nosso país está interligado aum sistema elétrico nacional. Isso reforça a segurança energética, garante mais equilíbriotarifário e abre caminho para uma transição energética cada vez mais robusta, disse Silveira.
Com 725 km de extensão em circuito duplo de 500 quilovolts (kV), que interliga o estado de Roraima(RR) ao Sistema Interligado Nacional (SIN), o empreendimento proporciona mais qualidade, segurançae continuidade do fornecimento de energia elétrica aos consumidores do estado, o único aindaisolado do sistema.
A conclusão da interligação trará uma redução de custos da Conta de Consumo de Combustíveis(CCC) estimada em R$ 540 milhões por ano, ou seja, R$ 45 milhões por mês, em decorrência damenor utilização de termelétricas, beneficiando todos os consumidores do País. Além disso, aredução de consumo de combustíveis fósseis na região também irá contribuir com a diminuiçãoda emissão de gases de efeito estufa (GEE). A ação coordenada pelo Governo Federal trazbenefícios para toda a sociedade.
Ainda na reunião, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) destacou que os reservatóriosevoluíram dentro da normalidade ao longo do período seco, deixando o SIN em situação melhor queno ano passado. Estudos até fevereiro de 2026 confirmam o pleno atendimento de energia.
Na análise de atendimento à potência do SIN, considerando o cenário menos favorável com altasdemandas, associadas a baixa geração eólica e hidrologia desfavorável está prevista anecessidade de geração térmica adicional. Também poderão ser adotadas medidas para maximizar aprodução das Usinas Hidrelétricas (UHEs) de Itaipu e do São Francisco, entre outros recursos,garantindo a segurança do sistema.
Na ocasião, foi registrada a importância de manter a possibilidade de reduzir as defluências dasUHEs de Jupiá e Porto Primavera, sempre que as condições do sistema permitirem, a fim depreservar os reservatórios da bacia do rio Paraná, fundamentais para o atendimentoeletroenergético do Brasil.
Informações técnicas
Condições hidrometeorológicas: em agosto, a precipitação ficou restrita à região Sul, comdestaque para as bacias dos rios Uruguai e Iguaçu que apresentaram totais superiores à médiamensal. Nas demais bacias hidrográficas do SIN a precipitação foi inferior à média. Emrelação à Energia Natural Afluente (ENA), no decorrer de agosto, foram verificados valores abaixoda média histórica nos subsistemas do SIN, exceto no Sul. Considerando a ENA agregada do SistemaInterligado Nacional (SIN), foi verificado valor de 77% da Média de Longo Termo (MLT). Para ossubsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, foram verificados 71%, 104%, 44% e 69% daMLT, respectivamente.
Já em setembro, no cenário mais positivo, as previsões de ENA são 63%, 91%, 42% e 64% da MLT,para o Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Para o SIN, os resultados apontam paracondições de afluência de 70% da MLT, sendo o 16º menor patamar para um histórico de 95 anos.
Ainda em setembro, de acordo com o cenário menos favorável, a indicação é de uma ENA abaixo damédia histórica para todos os subsistemas. A previsão para o Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordestee Norte é de 59%, 66%, 42% e 59% da MLT, respectivamente. Para o SIN, o estudo aponta condiçõesde afluência prevista de 60% da MLT, sendo o 5 menor valor para o mês de um histórico de 95 anos.
Energia armazenada: ao final de agosto, foram verificados armazenamentos equivalentes de 58%, 90%,60% e 88% nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente. No SIN, oarmazenamento foi de aproximadamente 62%.
Para o último dia de setembro, conforme estudos prospectivos apresentados, a expectativa é de 50%,81%, 53% e 81% da Energia Armazenada máxima (EARmáx), considerando o cenário superior nossubsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente. No cenário inferior, háa previsão de 49%, 83%, 53% e 81% da EARmáx, considerando a mesma ordem. Para o SIN, a previsãovaria entre 54% e 55% da EARmáx.
Expansão da geração e transmissão: a expansão verificada em agosto de 2025 foi deaproximadamente 310 megawatts (MW) de capacidade instalada de geração centralizada de energiaelétrica, de 833 km de linhas de transmissão e de 650 MVA de capacidade de transformação. Assim,no ano de 2025, até agosto, a expansão totalizou 4.521 MW de capacidade instalada de geraçãocentralizada, 2.195 km de linhas de transmissão e 6.237 MVA de capacidade de transformação. Foidestacado que no dia 3 de setembro de 2025 entrou em operação comercial a usina hidrelétrica -UHE Juruena, com 50 MW de capacidade, localizada no município de Campos de Júlio, no estado doMato Grosso.
O CMSE, na sua competência legal, continuará monitorando, de forma permanente, as condições deabastecimento e o atendimento ao mercado de energia elétrica do País, adotando as medidas para agarantia do suprimento de energia elétrica. As definições finais sobre a reunião do CMSE destaquarta-feira (10/09), bem como as demais deliberações do Colegiado, serão consolidadas em atadevidamente aprovada por todos os participantes do colegiado e divulgada conforme o regimento.
As informações partem do MME.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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