São Paulo, 16 de setembro de 2025 – O BTG Pactual divulgou um relatório destacando os principaispontos da entrevista concedida pelo presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, à Reuters, na qualafirmou que, apesar dos desafios da cadeia de suprimentos em 2026, principalmente relacionados aosmotores P&W para a família E2, peças de fuselagem europeias e motores GE para aeronaves E1, acompanhia espera crescimento da produção em 2027 e, em 2028, atinja o ritmo de 100 entregas deaeronaves anualmente. Além disso, essa meta visa recuperar a capacidade ociosa dos níveispré-pandemia, quando a Embraer entregava mais de 100 aeronaves por ano.
Os principais fabricantes de aeronaves e seus respectivos fornecedores de motores estão otimistasem relação às melhorias na cadeia de suprimentos de motores, embora com cautela. Além disso, ascompanhias aéreas estão ecoando esse otimismo, como evidenciado pelos recentes pedidos de E2 daANA, SAS e a Avelo, que sugerem ainda mais uma perspectiva melhorada da cadeia de suprimentos porparte dos participantes do setor, com maior visibilidade e menor assimetria do que o mercadofinanceiro em geral.
“No geral, esses insights da gerência, juntamente com outras verificações de canal que realizamosrecentemente, sustentam uma perspectiva de entrega mais otimista para o médio prazo, reforçandonossa visão positiva para a ação da companhia, e uma de nossas principais escolhas”, destacou oBTG, que mantém recomendação de compra, com preço-alvo de US$ 57,32.
Na entrevista, o CEO também afirmou que a empresa está atualmente focada em reduzir a tarifa de10% entre EUA e Brasil a zero e não prevê estabelecer nenhuma unidade de produção de E2 em soloamericano no curto prazo. Ele explicou que a criação de uma nova linha de produção exigiriainvestimentos substanciais, resultando em depreciação significativa que poderia impactarnegativamente a competitividade do produto. Portanto, uma linha de produção baseada nos EUA éimprovável, a menos que haja um aumento considerável nos pedidos de clientes americanos.
A análise também destacou a participação crescente de pedidos baseados nos EUA na carteira depedidos atual da Embraer, destacada por pedidos como os da American Airlines, SkyWest e Avelo. Isso,combinado com o aumento da maturidade global do produto E2, poderia liberar mais demanda de clientesamericanos a médio e longo prazo, aumentando a probabilidade de expansão da capacidade local nosEUA. “A expansão contínua da fábrica da Embraer em Melbourne (que produz o Phenom e monta aslinhas do Praetor), bem como o progresso incremental no posicionamento do KC-390 como umaalternativa potencial para a USAF, também contribuem positivamente”, concluiu o BTG.
AVELO
Na semana passada, a companhia anunciou que a Avelo Airlines fez um pedido firme de 50 jatosE195-E2, com direitos de compra para mais 50, apoiando a estratégia da companhia aérea deoferecer viagens acessíveis e convenientes nos Estados Unidos. As entregas têm início previstopara primeiro semestre de 2027. O valor de tabela do pedido é de US$ 4,4 bilhões, excluindo osdireitos de compra.
A Avelo será a primeira companhia aérea dos EUA a operar a maior e mais avançada aeronavecomercial da Embraer, estabelecendo um marco significativo para o Programa E2. Os E195-E2modernizarão a frota da Avelo, complementando seus Boeing 737NGs, enquanto ampliam a eficiência decustos e o alcance da malha aérea.
Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)
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