Número de bovinos supera em 12% o de pessoas no Brasil

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O Brasil tinha um rebanho bovino estimado em 238,2 milhões de cabeças ao final de 2024, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (18) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O número de animais é o segundo maior da série histórica do órgão, iniciada em 1974. Fica atrás apenas do recorde verificado em 2023 (238,6 milhões).

O efetivo encolheu 0,2% na passagem dos dois últimos anos. Os dados integram a PPM (Pesquisa da Pecuária Municipal), cuja data de referência é 31 de dezembro.

Ao registrar 238,2 milhões de cabeças ao final de 2024, o rebanho bovino superou em 12% o número estimado de pessoas no Brasil.

Isso porque o IBGE havia projetado a população do país em 212,6 milhões de habitantes em 1º de julho do ano passado. A diferença era de 12,7% em 2023.

Conforme o instituto, os pecuaristas vinham ampliando o rebanho atraídos pela alta nos preços da arroba de boi. O aumento da oferta de animais, contudo, levou as cotações para baixo em um segundo momento.

Com isso, os produtores aceleraram os abates em busca de reequilíbrio de oferta e demanda em 2024. Trata-se do chamado ciclo pecuário.

Dados do IBGE apontam recorde no abate de bovinos no ano passado. “A gente está observando [em 2024] a resposta à queda do preço da arroba”, disse Mariana Oliveira, analista da PPM.

Para o consumidor final, as carnes acumularam inflação (alta) de 32,4% em 2019, de 17,97% em 2020, de 8,45% em 2021 e de 1,84% em 2022.

Em 2023, houve deflação (queda) de 9,37%. Os preços finais voltaram a subir em 2024 (20,84%). Esses números integram o índice oficial de inflação do Brasil, o IPCA, também calculado pelo IBGE.

Mais uma vez, Mato Grosso teve o maior rebanho bovino do país, conforme a PPM. O efetivo foi de 32,9 milhões de cabeças no estado em 2024, o equivalente a 13,8% do total no Brasil. Pará (25,6 milhões) e Goiás (23,2 milhões) vieram na sequência.

Com 2,5 milhões de animais (ou 1,1% do total), São Félix do Xingu (PA) permaneceu na liderança entre os municípios. Corumbá (MS) e Porto Velho (RO) apareceram depois, com 2,2 milhões e 1,8 milhão.

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