Ibama aprova simulado e Petrobras fica perto de explorar Foz do Amazonas; ações caem

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São Paulo, 25 de setembro de 2025 – As ações da Petrobras operam em queda, mesmo após a notíciasobre a aprovação, pelo Ibama, do simulado de emergência da Petrobras na Margem Equatorial,liberando um passo relevante no processo de licenciamento ambiental da Bacia da Foz do Amazonas. Omovimento segue a queda do petróleo no exterior. Por volta de 14h50 (horário de Brasília), asordinárias PETR3 e as preferenciais PETR4 caíam 1,70% e 0,85%, a R$ 35,22 e R$ 32,34.

“Consideramos a notícia positiva, pois reforça a possibilidade de avanço na exploração de umadas fronteiras mais promissoras em termos de potencial de reservas no país, frequentementecomparada ao offshore da Guiana e do Suriname”, comentou a Ativa sobre a aprovação do Ibama.

Apesar do caráter construtivo, a corretora reitera que ainda é cedo para incorporar esse upside emvaluation. “Após a eventual concessão da licença de operação, a Petrobras precisará iniciar aperfuração exploratória, cujo resultado determinará a presença (ou não) de hidrocarbonetos.Mesmo em caso de descoberta relevante, o cronograma até a declaração de comercialidade (processoque pode ser prorrogado) e, posteriormente, o desenvolvimento da produção, é de longo prazo, comimpacto econômico e de fluxo de caixa limitado no horizonte de curto a médio prazo”, explica.

“Do ponto de vista estratégico, o avanço fortalece a diversificação do portfólio exploratórioda Petrobras e dá mais visibilidade ao potencial da Margem Equatorial como nova fronteiraenergética. Para o investidor, entretanto, entendemos que o principal driver de preço no curtoprazo permanece associado à disciplina de capital, à geração de caixa nos campos já emprodução e à política de dividendos. O upside da Foz do Amazonas é relevante, mas ainda setrata de uma opcionalidade de longo prazo dentro da tese de investimento”, diz a análise.

“Em suma, vemos a aprovação do Ibama como um sinal encorajador para o futuro portfólio daPetrobras, mas reiteramos que o gatilho de curto prazo segue limitado. Mantemos visão neutra nopapel à espera do novo planejamento estratégico da companhia, enquanto a Margem Equatorial seconfigura como uma relevante opcionalidade adicional a ser monitorada”, finaliza a Ativa, emrelação à recomendação para o papel preferencial PETR4 (preço-alvo de R$ 44,00).

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

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