Paulinho recebe família de preso pelo 8 de Janeiro e cancela demais reuniões após problema pessoal

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O relator do projeto que pretende reduzir as penas de condenados por atos golpistas, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), recebeu em sua casa para um café da manhã, nesta quarta-feira (1º), o pai e o irmão de um dos presos no 8 de Janeiro.

Em seguida, porém, o deputado teve que retornar a São Paulo, após um problema de saúde na sua família, e cancelou as demais reuniões sobre o projeto previstas para esta quarta. Paulinho iria se encontrar com a bancada do Novo e também havia pedido uma conversa com o ex-ministro José Dirceu (PT), que ainda não estava marcada.

Em nota, o Solidariedade informou que os compromissos de Paulinho foram cancelados “em razão de uma emergência de saúde familiar”. “O deputado está retornando para São Paulo neste momento. As agendas deverão ser retomadas na semana que vem”, completa a nota. A reportagem apurou que um filho do deputado deve passar por cirurgia de apendicite.

Somente após terminar de ouvir os partidos, autoridades e setores interessados no projeto, Paulinho vai apresentar seu relatório, o que deve acontecer apenas na próxima semana, quando ele espera que também seja possível votar o projeto no plenário. Essas reuniões para tratar do texto têm ocorrido desde a semana passada.

Estiveram na casa de Paulinho os parentes de Lucas Costa Brasileiro, que foi condenado a 14 anos de prisão por participação no 8 de Janeiro. Os familiares insistiram na anistia total aos condenados, mas Paulinho e outros dirigentes do Solidariedade, presentes no café da manhã, tentaram convencê-los de que o perdão poderia ser um passo posterior à redução de penas.

Nesta terça-feira (30), Paulinho esteve com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e segundo participantes do encontro, o dirigente sinalizou abertura a um texto que signifique redução de penas, não anistia. No mesmo dia, o relator se reuniu com a bancada do PSD, que aguarda a finalização do parecer para definir uma posição favorável ou contrária.

No início da noite, o deputado se reuniu com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que havia declarado que a redução de penas sem anistia não é suficiente. Na saída, Flávio repetiu que a proposta de redução de penas não o atende e que o partido irá apresentar emenda ao texto de Paulinho para tentar aprovar a anistia ampla.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, após a primeira rodada de encontros, encerrada na sexta-feira (26), Paulinho recebeu o apoio de 8 dos 11 partidos com os quais teve reuniões. Essas siglas somam 201 deputados, menos da metade da Câmara. Agora, o relator traça estratégias para tentar contar com o apoio de PT e PL ao menos em partes da votação.

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