[AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DC NEWS]
A Moody´s Analytics divulgou relatório em que afirma que a economia brasileira “teve desempenho melhor do que o esperado em 2025, impulsionado por um mercado de trabalho robusto”. Outro destaque é o fortalecimento do real, o que favoreceu o consumo privado. Com isso, espera agora desaceleração menor do que o previsto. A projeção para o PIB é de crescimento de 2,5% neste ano, leve revisão para cima – a projeção anterior era de 2,4%. “Política monetária mais restritiva, inflação acima da meta e limitações fiscais impedirão uma aceleração do crescimento em 2025”, afirmou a Moody´s Analytics.
A expectativa é de desaceleração mais intensa em 2026, com projeção de 1,8% para o PIB. Não houve alteração da estimativa. Segundo o relatório, “as restrições monetárias permanecem em vigor e o ciclo eleitoral dificulta os investimentos”. Além disso, “a inflação acima da meta e os entraves fiscais também continuarão a limitar o crescimento no próximo ano”.
Essa atualização da Moody´s Analytics (que não deve ser confundida com a Moody´s Ratings, agência de classificação de risco) segue acima da estimativa do mercado brasileiro. A edição mais recente do Focus, boletim do Banco Central (BC), aponta 2,16% para o crescimento do PIB deste ano – a projeção se mantém há quatro semanas. Em relação a 2026, o Focus também marca 1,8%. No seminário promovido nesta terça (7) pela AGÊNCIA DC NEWS, em parceria com a Tendências Consultoria, o professor Ricardo Meirelles de Faria, da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP-FGV), estimou 2,3% para o PIB tanto em 2025 como em 2026. E o economista-sênior da Tendências, Silvio Campos Neto, divulgou projeções de 2,2% e 1,6%, respectivamente.
O relatório da Moody´s Analytics analisa a situação de outras economias latino-americanas, que “demonstraram resiliência em 2025, apesar de um ambiente externo incerto e de múltiplos desafios internos”. Destaca ainda o calendário eleitoral da região. Que começa ainda neste ano, com eleições legislativas na Argentina (outubro) e gerais no Chile (novembro). No ano que vem, Brasil, Colômbia e Peru escolherão seus novos presidentes. A estimativa para a América Latina é de alta de 2,3% para o PIB deste ano e 2% no próximo.
“Além disso, a incerteza em torno das perspectivas permanece excepcionalmente alta”, afirmou a Moody´s Analytics. “A política comercial dos EUA continuará sendo uma fonte de risco em 2026, principalmente para o México.”