SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo federal e a prefeitura de Guarujá (SP) preveem entregar no primeiro semestre de 2026 o Aeroporto Civil Metropolitano, instalado na Base Aérea de Santos, no próprio município de Guarujá.
A obra está incluída no Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e tem parceria com o Governo de São Paulo. O projeto é acompanhado pelo Ministério de Portos e Aeroportos.
Em abril deste ano, a prefeitura de Guarujá entregou as obras da primeira fase do aeroporto. Na ocasião, foi inaugurada a nova pista de pousos e decolagens, com 1.390 metros de comprimento e 45 metros de largura.
A inauguração da primeira fase do terminal também incluiu intervenções nas pistas de táxi A, B e C, faixa de pista e sistema de drenagem e implantação de cerca operacional e barreiras de proteção de fauna. O projeto é de responsabilidade da prefeitura de Guarujá e é custeado pelo governo federal, com investimentos de R$ 24,1 milhões.
Já o futuro terminal de passageiros ocupará uma área de 302 metros quadrados. Orçado em R$ 2,7 milhões, o projeto é municipal, mas também é custeado por verba federal.
Juntas, a primeira e segunda fases do aeroporto somam R$ 26,8 milhões de investimentos federais.
Há ainda uma terceira fase, que prevê obras no acesso ao aeroporto. Nesta fase está contemplado um trecho de aproximadamente 3 km que abrange a rua São Paulo e a avenida Presidente Castelo Branco, onde está situada a Base Aérea, em Vicente de Carvalho, distrito de Guarujá.
A prefeitura prevê a retirada de toda a estrutura de asfalto, guias e sarjetas antigas e instalação de novas estruturas, junto à nova pavimentação.
O valor previsto para a implementação da terceira fase é de R$ 7 milhões. Parte desse montante vem do Governo de São Paulo.
A previsão da prefeitura de Guarujá é de que o terminal opere com modelos como o Grand Caravan C208B, o Super KingAir 350 e o ATR 42-600 (aeronaves típicas da aviação regional), transportando, de início, até 50 passageiros por voo.
Em 2019, o Governo de São Paulo desistiu de incluir o aeroporto de Guarujá em seu pacote de concessões. O projeto seguiu nas mãos da prefeitura.
O plano da gestão do então governador João Doria foi criticado localmente porque atrasaria a viabilização do aeroporto e impossibilitaria a oferta de voos comerciais no local. O projeto estadual teria de passar pela revisão da outorga obtida pela prefeitura no Ministério da Infraestrutura e demandaria novos estudos.