Amazon investe R$ 55 bi no Brasil e impulsiona também a economia criativa nacional

Uma image de notas de 20 reais
No Brasil são mais de 35 filmes ou séries originais brasileiras feitas via plataforma de vídeo
(Divulgação)
  • Para Juliana Sztrajtman, presidente da Amazon.com.br, o país é "uma potência criativa" e segue nos planos expansão da empresa
  • Produções originais do Prime Video fortalecem o audiovisual nacional: Cangaço Novo vence Grande Prêmio do Cinema Brasileiro
Por Anna Scudeller

[AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DC NEWS]
Nos últimos dez anos, a Amazon já investiu R$ 55 bilhões no Brasil em áreas que vão desde a tecnologia até o entretenimento. Agora, divulga pela primeira vez o Relatório Internacional sobre Indústrias Culturais e Criativas, que destaca o papel da companhia em transformar o cenário criativo nacional. Além dos 36 mil empregos fruto do investimento no país, o estudo evidencia como as diversas plataformas da empresa auxiliam a democratizar o acesso à cultura e estimulam o consumo de conteúdo em regiões onde o acesso a livrarias, cinemas ou teatros é limitado. Atualmente, mais de 900 mil artistas musicais são ouvidos no Brasil via plataformas da Amazon, 35 filmes originais foram produzidos no país e milhares de autores publicam diretamente no Kindle, leitor de e-book da companhia. “O Brasil é uma potência criativa e a Amazon está comprometida em ser a plataforma que amplifica essas vozes”, afirmou Juliana Sztrajtman, presidente da Amazon.com.br. 

Segundo a executiva, o investimento em cultura não ocorre somente devido às oportunidades econômicas, mas, segundo ela, “para projetar nossa identidade globalmente”. Com plataformas como Prime Video, Kindle, Audible e Amazon Music, a Amazon amplia o alcance de artistas e criadores, promovendo a inclusão cultural além do próprio país. A executiva cita como exemplo o Kindle Direct Publishing (KDP), ferramenta de autopublicação da Amazon, que permite milhares de autores independentes conquistar leitores em diferentes países. É o caso da escritora Jéssica Macedo, com 200 livros publicados e traduzidos para seis idiomas, além de obras adaptadas para o cinema. Ela começou na autopublicação. Conforme o documento, os principais países atingidos pelos autores brasileiros que usam do KDP são Estados Unidos, Reino Unido, Espanha e Alemanha.

Segundo Sztrajtman, a Amazon também investe no fortalecimento da literatura nacional com iniciativas como o Prêmio Kindle de Literatura, em parceria com o Grupo Editorial Record, TAG Experiências Literárias e Audible, serviço de audiolivros da Amazon com mais de 100 mil títulos. A empresa também realiza o Prêmio Kindle Vozes Negras, voltado ao reconhecimento de autores negros brasileiros, e o Prêmio Kindle de Literatura Jovem, dedicado ao público jovem adulto. Além disso, o Pitching: Audible Original, primeira iniciativa voltada à narrativa em áudio no Brasil, recebeu mais de 200 inscrições e oferece um workshop gratuito com 30 episódios sobre criação de conteúdo em áudio. A Amazon, por meio da Audible, investiu em três produções nacionais de audiolivros: Na Minha Pele, escrito e narrado pelo ator Lázaro Ramos, a audiosérie Yawara, uma história oculta sobre o Brasil, e o clássico Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, narrado pela atriz Denise Fraga.

Escolhas do Editor

No audiovisual, o Prime Video é citado no relatório como um dos principais vetores do impacto cultural da Amazon. Desde 2019, foram 35 títulos originais produzidos no Brasil, em parceria com produtoras como O2 Filmes, Conspiração Filmes, Paranoid, Santa Rita Filmes, Floresta Produções e Formata. Entre os destaques está Cangaço Novo, filmado no Nordeste e vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro na categoria Melhor Série Brasileira de Ficção, exemplo de como narrativas regionais podem conquistar o público global. Por fim, no âmbito musical, a Amazon soma 100 milhões de faixas de áudio geradas em todo o mundo, e milhões (não especificado) de episódios de podcasts. No Brasil são mais de 900 mil artistas que atingem ouvintes estrangeiros, em especial dos Estados Unidos, Reino Unido, Espanha e Alemanha.

Para efeito de comparação, o México soma 1,8 milhão de artistas que atingem o público internacional, e realizou 55 produções audiovisuais próprias pelas plataformas da Amazon. O Reino Unido, por sua vez, totaliza 2,8 milhões de artistas locais com alcance mundial e produziu 70 filmes e séries com a Amazon.

Para o futuro, segundo o relatório, a Amazon imagina mesclar ainda mais as fronteiras entre o digital e o tradicional, abrindo espaço para novas formas de criação e colaboração nas indústrias culturais. A empresa afirma que seu papel nesse cenário não é o de um agente externo, mas o de um parceiro ativo de autores, músicos, cineastas e artistas locais em cada país onde atua. Faz isso por meio das plataformas digitais, democratizando o acesso e reduzindo barreiras, para que criadores independentes publiquem, distribuam e alcancem públicos globais sem depender de intermediários tradicionais. “Essas ferramentas fomentam uma geração capaz de experimentar, inovar e falar diretamente ao mundo desde o primeiro dia”, afirmou o relatório.

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