Após 2T25 positivo no operacional, agora foco está nos impactos do esfriamento econômico 3T25-Itaú BBA

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São Paulo, 19 de agosto de 2025 – O Itaú BBA atualizou sua análise de tendência de lucros paraas companhias do Ibovespa após resultados do segundo trimestre e avalia que, após uma temporadaligeiramente positiva na frente operacional, agora todas as atenções estão voltadas ao impactosda desaceleração econômica no 3T25.

“Em nossa análise de quatro pilares das ações brasileiras, atualmente avaliamos o pilar de lucroscomo ligeiramente negativo devido a: i) crescimento decente dos lucros, embora a partir de uma basede comparação baixa em 2024; ii) uma temporada de resultados ligeiramente positiva no 2T25, comtendências favoráveis na frente operacional, apesar de um pico elevado do delta Selic em relaçãoao ano anterior; e iii) riscos de queda para as estimativas futuras devido à queda dos preços dascommodities e à desaceleração da atividade econômica”, resume o Itaú BBA.

Entre as companhias do Ibovespa, o Itaú BBA espera que o lucro líquido cresça a partir de umabase baixa de comparação em commodities e produtos domésticos e cita risco de revisões de baixadevido à desaceleração da economia e à queda dos preços das commodities. “Da perspectiva dasoma dos lucros, prevemos um forte crescimento dos lucros no nível do índice, impulsionado emgrande parte por uma baixa base de comparação em commodities e nos setores domésticos. Espera-seque o setor financeiro alcance um crescimento de dois dígitos pelo segundo ano consecutivo,enquanto os setores domésticos e commodities devem se recuperar, com um CAGR de 17% de 2024 a 2027.As revisões de lucros mostram que as estimativas consolidadas para o IBOV caíram 2,6% para 2025 e1,8% para 2026 nos últimos três meses”, comenta o Itaú BBA.

Em relação ao cenário macro à frente, no 3T25, o Itaú BBA espera que o delta Selic nacomparação anual permaneça em seu pico em comparação aos trimestres anteriores, o que podecontinuar a pressionar o crescimento dos resultados das empresas nacionais. “Ainda temosvisibilidade limitada sobre a magnitude do impacto da desaceleração econômica nos resultados dasempresas listadas, visto que nosso rastreador proprietário, IDAT, já mostrou desaceleração emjulho.”

Em relação aos resultados do 2T25, o relatório aponta que as companhias do Ibovespa apresentaramum crescimento de 14% no lucro líquido (1,3% acima das expectativas), um aumento de 4,2% no ebitda(lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) (5,2% acima das expectativas) e umaumento de 8,4% na receita (em linha). Ao excluir as companhias de commodities, o lucro líquidocaiu 1,7% (em linha com as expectativas), o ebitda cresceu 10,2% (2,7% acima das expectativas) e areceita líquida aumentou 12,1% (1,1% abaixo)”, resume.

Entre os destaques do setor, o Itaú BBA cita que, dentro dos setores domésticos, os setores deServiços Públicos, Saúde, Shopping Centers e Consumo apresentaram desempenho melhor do que oesperado, especialmente no nível do ebitda (4-5% acima das expectativas); ii) Petróleo e Gás foio principal impulsionador dos resultados melhores do que o esperado para Commodities, com ebitda8,7% acima das expectativas; e iii) os resultados das Construtoras Residenciais ficaram em linha comas expectativas, mas mostraram forte crescimento de cima para baixo.

Em relação às teleconferências deste trimestre, a análise aponta uma uma melhora no sentimento,agora com uma pontuação de 8,01. Os setores com as melhores pontuações foram Shoppings eImóveis, Construtoras e Alimentos e Bebidas, enquanto Petróleo e Gás, Bens de Capital eSiderurgia e Mineração apresentaram as piores pontuações. Em relação aos principais temasdiscutidos, a inflação perdeu relevância, com uma variação de -0,8% (em termos percentuais dototal). A discussão mudou para o crescimento da receita e das vendas.

A alavancagem corporativa, por sua vez, permaneceu estável em 1,8x dívida líquida/ebitda no 2T25em comparação com o 4T24, já que o aumento da dívida líquida foi acompanhado por um aumento noebitda durante o primeiro semestre do ano. Em termos setoriais, nove dos 16 setores apresentaram umaumento na alavancagem em relação aos números do 1T25. Os setores de Siderurgia e Mineração eBens de Consumo Discricionário apresentaram a queda mais notável, enquanto Distribuição deCombustíveis e Serviços Públicos apresentaram o maior aumento.

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

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