Após ataques, Petro diz que narcotráfico é um dos maiores inimigos da Amazônia

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BOGOTÁ, COLÔMBIA (FOLHAPRESS) – O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, começou o discurso durante a cúpula de chefes de Estado da OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica), nesta sexta-feira (22), mencionando os atentados ocorridos no dia anterior em Cali, associando-os ao narcotráfico.

“Na Colômbia, o maior inimigo da Amazônia hoje, depois do aquecimento global, chama-se narcotráfico”, afirmou Petro. “Ontem tivemos um dia difícil na Colômbia, derivado basicamente da ação armada do narcotráfico, tema, na minha opinião, de discussão nessa reunião [cúpula da OTCA].”

O presidente colombiano classificou o narcotráfico como um problema mundial, não somente regional, e associou o problema à possibilidade de colapso climático.

O presidente colombiano mencionou máfias especializadas no transporte de ouro e minérios extraídos de forma ilegal da floresta, de cocaína e de maconha —que, segundo ele, já deveria ter sido legalizada na América Latina.

Petro endereçou a questão amazônica e, consequentemente, a climática sob o ponto de vista militar. “Este tema não é só de consciência individual, de consciência comunitária, de consciência nacional. Este é um tema militar. Aqui não se falou disso e entendo o porquê.”

O colombiano afirmou que a floresta amazônica de seu país é afetada pelo narcotráfico. E disse saber que nos países vizinhos máfias poderosas se empoderam do território amazônico. “São, cada vez mais, unidades de exército armadas pelo narcotráfico mundial.”

Ele afirmou ainda que essas forças armadas passam a controlar as populações locais e as levam a destruir a floresta.

“Está se utilizando o narcotráfico como desculpa para uma invasão militar”, disse Petro. “Me parece que é absolutamente essencial que os ministérios de defesa, ou como os chamem nos diversos países da América do Sul, da América Latina e do Caribe, os exércitos, as inteligências policiais, possam coordenar a luta contra os inimigos da floresta amazônica, um dos quais é narcotráfico e a máfia.”

Petro, então, pediu para que o presidente Lula (PT) ajude a construir uma conferência de segurança da América do Sul, da América Latina e do Caribe.

O presidente colombiano, por fim, afirmou que o narcotráfico pode destruir Estados e reforçou o potencial destruidor de florestas do crime organizado. “A segurança da florestal é a segurança da humanidade.”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por sua vez, logo no início de seu discurso também endereçou a questão do narcotráfico e da segurança na amazônia.

Lula afirmou que lançará o Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia, em 9 de setembro, em Manaus, no Amazonas, e convidou os presentes ao evento. Segundo o presidente brasileiro, a entidade visa o combate ao narcotráfico, garimpo ilegal e tráfico de armas na região.

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