Argentina tem inflação abaixo de 2% pelo quarto mês seguido

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A taxa de inflação mensal da Argentina se manteve estável em 1,9% em agosto, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (10). Foi o quarto mês seguido em que os preços subiram menos de 2% (em julho, o índice também havia sido de 1,9%).

A inflação acumulada em 12 meses até agosto, por sua vez, chegou a 33,6%, desacelerando em relação aos 36,6% registrados em julho e um pouco abaixo da previsão de 33,7% dos analistas.

O grupo de produtos que mais subiu de preço em agosto foi o de transporte (3,6%), seguido de bebidas alcoólicas e tabaco (3,5%), influenciado principalmente por este último produto. O valor pago por alimentos e bebidas não alcoólicas subiu 1,4%.

O único segmento com queda de preço foi o de roupas e calçados (-0,3%).

Os dados surgem no momento em que a Argentina se prepara para eleições legislativas de meio de mandato no próximo mês, em que o partido libertário do presidente Javier Milei, atualmente minoritário, espera ampliar sua influência no Congresso.

Embora o governo Milei tenha visto a inflação recuar em relação aos níveis de três dígitos registrados antes de sua posse, sua popularidade tem sido afetada por denúncias de corrupção e pelos impactos das medidas de austeridade sobre aposentados e pessoas com deficiência.

Economistas do FMI (Fundo Monetário Internacional) estimam que a inflação argentina termine este ano em 27%, queda expressiva em relação aos 117,8% do ano passado.

O combate à inflação é uma das principais bandeiras de Milei e uma das maiores razões que o fizeram derrotar o ex-ministro da Economia, Sergio Massa, em 2023. O ultraliberal tomou posse em 10 de dezembro daquele ano, quando a inflação acumulada alcançou 211,4%.

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