Atenção ao relatório de produção e vendas da Vale do 3T25, conclusão sobre licença à Petrobras e reajuste nos combustíveis

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São Paulo, 17 de outubro de 2025 – A semana de 20 a 24 de outubro terá como destaque a préviaoperacional da Vale relativa ao período de julho a setembro. A Vale divulgará seu Relatório deProdução e Vendas referente ao 3T25 no dia 21 de outubro, após o fechamento do mercado.

A Genial Investimentos acredita que o trimestre deve ser marcado por uma expansão sequencial doebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), refletindo o efeito dual emfinos de minério de ferro da alta do preço realizado, que deve apresentar aumento de 11,3% nacomparação trimestral, e aumento sazonal de embarques de 6,9%. “Portanto, a priori, nossoentendimento é de que os números a serem reportados mostrariam um progresso satisfatório”,comenta a corretora, emrelatório.

O BTG Pactual disse está mais confiante em relação a uma potencial distribuição de dividendosextraordinários pela Vale, baseada no que avalia como “cenário resiliente” do minério de ferro eno comprometimento da mineradora com sua eficiência, com um foco claro na otimização de capex eopex, comentou o BTG, em relatório com impressões após conversas de seus analistas com adiretoria da Vale, na conferência de CEOs do banco de investimentos, em Nova York, na semanapassada.

“Ficamos satisfeitos em saber que a empresa continua comprometida com sua eficiência, com um fococlaro na otimização de capex e opex. O cenário resiliente do minério de ferro nos dá maiorconfiança no potencial de dividendos extraordinários, um tópico que a administração agora estáabordando com mais convicção”, diz a análise.

O BTG espera que pagamentos extraordinários de dividendos aconteçam, mesmo com a recompra dasdebêntures (CVRDA6) anunciada recentemente pela Vale.

Outro tema que deve ganhar tração nos próximos dias é conclusão sobre o pedido de licenciamentoda Foz do Amazonas. Após reunião virtual com a Petrobras na última quarta (15) sobre o processode licenciamento da Foz do Amazonas, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos NaturaisRenováveis (Ibama) disse que os esclarecimentos dados pela área técnica da empresa eramsuficientes para seguir o processo. Em ata do encontro virtual, o órgão ambiental prevê umcenário de atuação depois de provável emissão de licença, com a necessidade de novo exercíciosimulado após a autorização de exploração. O Ibama afirma, ainda, que seguirá com atramitação do processo, considerando que os ajustes não são impeditivos.

Na última terça (14), a presidente da Petrobras também declarou que esperava que a licença doIbama para a exploração na Bacia da Foz do Amazonas já tivesse sido concedida. Magda disseesperar que a perfuração comece até o próximo dia 21 e relatou dificuldade da estatal para fazeruma nova locação da mesma sonda que fará a perfuração no bloco localizado na Margem Equatorial.”Essa sonda é rara no mundo. É uma das poucas sondas de última geração que existem no mundo. Agente tem duas, três sondas dessas no mundo todo. É uma sonda altamente demandada”, disse aexecutiva, que contou que o equipamento custa R$ 4,2 milhões por dia à Petrobras. “Estou otimistaque vai dar certo, senão essa sonda já teria saído de lá há muito tempo”, completou Magda.

Outro assunto envolvendo a Petrobras que voltou ao radar dos investidores nos últimos dias foi adefasagem entre os preços de combustível praticados pela Petrobras em relação ao internacional,que, segundo alguns analistas, pode fazer a empresa anunciar um corte dos preços nos próximosdias.

Na última terça (14), ao ser perguntada se iria reduzir o preço da gasolina, que está cerca de10% mais alto no mercado brasileiro na comparação com o mercado internacional, a presidente daPetrobras, Magda Chambriard, reafirmou que a estatal mantém sua estratégia de não trazervolatilidade do preço do petróleo para o mercado interno e que continua observando paridade dopreço de importação e de exportação, market share e estabilidade de preços para fazer qualquermovimento.

“Isso vale para a gasolina, isso vale para o diesel. Então, não estamos fazendo nada dediferente”, explicou a executiva “, disse a executiva, em entrevista concedida a jornalistas durantesua participação na reunião do Conselho Empresarial de Petróleo e Gás da Federação dasIndústrias do Rio de Janeiro, do qual já fez parte.

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

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