São Paulo, 3 de setembro de 2025 – O Banco do Brasil BI elevou o preço-alvo da ação da LojasRenner de R$ 18,50 para R$ 19, após incorporar os resultados apresentados pela companhia noprimeiro semestre de 2025, bem como o atual cenário macroeconômico. O banco de investimentosmanteve recomendação neutra. A análise lembrou que as ações da companhia subiram mais de 37sde o início do ano, performance acima da registrada pelo Ibovespa (+17,6%) e pelo Icon (+20,9%)no mesmo período.
Às 15h35, a ação da companhia recuava 0,49%, para R$ 16,02.
“Esse movimento é reflexo de uma percepção positiva do mercado em relação ao cenárioeconômico que se desenhou no primeiro semestre de 2025, bem como a fatores internos da companhia.Em termos de contexto macro, podemos observar que, durante o primeiro semestre deste ano, a economiabrasileira performou acima das expectativas iniciais, com um mercado de trabalho resiliente eaumento da renda das famílias, apesar da política econômica mais restritiva adotada desde o finalde 2024”, ressaltou o BB.
Segundo os analistas do banco, a Lojas Renner tem apresentado bons números e vem surpreendendopositivamente o mercado mesmo em meio a indicadores macroeconômicos mistos. A companhia possuibaixo endividamento, tem realizado investimentos interessantes em tecnologia que estão colaborandopara uma maior eficiência e tem colhido os frutos da estabilização do novo CD de Cabreúva.
“Nossa expectativa para o segundo semestre do ano considera um 3T25 um pouco mais fraco e um 4T25ainda impactado por um cenário macro mais restritivo. Devido às altas taxas de juros, ainadimplência continua como ponto de atenção neste ano, com alguma melhora na concessão decrédito esperada apenas para 2026, quando a empresa deve voltar a vislumbrar um crescimento maisforte de vendas. No geral, ainda vemos a Lojas Renner como uma operação sólida, mas que umcontexto macro mais positivo é necessário para que o potencial valor da companhia sejadestravado”, apontou a análise.
Por fim, a análise comentou sobre a entrada da sueca H&M no Brasil e seu possível impacto nomercado de vestuário nacional. “Acreditamos que ainda é cedo para mensurar as consequências paraos próximos anos, dado que até o momento há a previsão de inauguração de somente 3 lojas,além da primeira já instalada no Shopping Iguatemi, em São Paulo. Portanto, por ora, nãoenxergamos grandes riscos para a Renner, mas acreditamos que o mercado poderá começar a precificaro aumento da competitividade a partir de 2026, a depender do projeto de expansão da empresaeuropeia”, concluiu.
Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)
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