São Paulo, 7 de outubro de 2025 – O Banco Mundial elevou sua projeção de crescimento da Chinapara 2025, passando de 4% para 4,8%, e aumentou levemente suas estimativas para a região do LesteAsiático e Pacífico. No entanto, a instituição alertou que o ritmo de expansão deve desacelerarem 2026, com expectativa de 4,2% para a China, devido à fraca confiança de consumidores eempresas, além da queda nas encomendas de exportação. O relatório foi divulgado hoje como parteda perspectiva econômica semestral da instituição para a região.
Segundo o Banco Mundial, a economia chinesa deve perder fôlego no próximo ano em virtude daredução do estímulo fiscal, diante do aumento da dívida pública, e de uma desaceleraçãoestrutural do país. Apesar disso, o crescimento da região do Leste Asiático e Pacífico como umtodo deve alcançar 4,4% em 2025, uma alta de 0,2 ponto percentual em relação à previsãoanterior, antes de recuar para 4,5% em 2026.
O relatório atribui o enfraquecimento do dinamismo econômico regional a fatores externos, comoo aumento de barreiras comerciais, a incerteza das políticas econômicas globais e o crescimentomais lento das principais economias do mundo. A instabilidade política e regulatória em paísescomo Indonésia e Tailândia também contribui para esse cenário, levando empresas a adotar umapostura de cautela, adiando investimentos e ampliando a aversão a riscos.
Além disso, os dados de setembro mostram que a produção industrial e as vendas no varejo daChina registraram o ritmo mais fraco em quase um ano, reforçando a percepção de recuperaçãolenta. Analistas esperam novas medidas de estímulo por parte do governo chinês para tentarsustentar a meta oficial de crescimento “em torno de 5%”. O Banco Mundial concluiu reafirmando quepolíticas fiscais de curto prazo têm efeito limitado e recomendou que os países priorizemreformas estruturais mais profundas para garantir crescimento sustentável no longo prazo.
Vanessa Zampronho / Safras News
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