Basta Lula corrigir Previdência pelo IPCA que o mercado se acalma, diz Stuhlberger

Uma image de notas de 20 reais

Imagem gerada por IA

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – De acordo com o gestor do fundo Verde, Luis Stuhlberger, uma sinalização do governo eleito em 2026 em relação à redução de gastos pode acalmar investidores e alavancar ativos brasileiros.

“Imagine que você está na noite que o Lula ganhou [a reeleição] e ele fala: ‘estou convencido de que a Previdência vai subir pelo IPCA e não pelo salário mínimo’. Basta falar isso, que os mercados se acalmam”, disse Stuhlberger, durante evento do Itaú BBA.

A indexação da Previdência ao reajuste do salário mínimo, e não pela inflação, é criticada por muitos economistas por seu peso nas contas públicas.

Stuhlberger critica o atual governo pelo crescimento da dívida mesmo após a elevação de impostos.

Termômetro da saúde fiscal de um país, a relação entre a dívida pública e o PIB do Brasil, hoje em 76,6%, deve ultrapassar 80% em 2026, segundo o Tesouro Nacional, e permanecer pelo menos uma década acima desse patamar, em meio a juros altos e rombos persistentes nas contas públicas.

No entanto, o gestor observa que, segundo os atuais preços dos ativos financeiros, o quadro não pioraria em um quarto mandato de Lula.

“A impressão que o mercado dá hoje é que a continuidade pelos preços de opções e tal, que a continuidade não seria muito pior que o Lula 3”, afirma Stuhlberger.

Para ele, a eleição presidencial será muito polarizada e não está definida.

“A única eleição que foi parecida com isso foi a eleição [em 2014] de Dilma [Rousseff] e Aécio [Neves]. Em 2002, o Lula tinha ganho, e, em 2006 foi continuidade.”

Apesar da disputa apertada, o gestor vê a eleição já inserida nos preços dos ativos.

“O mercado já discute quanto tem de direita e esquerda nos preços hoje, e esse processo daqui para frente só vai aumentar. Então, eu olharia um cenário de continuidade.”

MAIS LIDAS

Voltar ao topo