Bitybank oferece solução para varejista aceitar cripto com conversão imediata

Uma image de notas de 20 reais
Na hora da compra, é feita uma conversão em tempo real das criptomoedas - e o varejista recebe em real
(Imagem gerada por IA no Gemini)
  • Com o Caas, os e-commerces conseguem aceitar o pagamento de criptomoedas sem necessariamente receber em cripto, descomplicando o regime financeiro
  • Com o cartão cripto do Bitybank com bandeira Mastercard, é possível fazer compras no varejo com criptomoedas
Por Victor Marques Compartilhe: Ícone Facebook Ícone X Ícone Linkedin Ícone Whatsapp Ícone Telegram

A Bitcoin é a criptomoeda mais antiga já criada. Existe desde outubro de 2008 e vai completar 17 anos em 2025. Mesmo existindo há quase duas décadas, ela ainda não penetrou um dos maiores segmentos do consumo, o varejo. No Brasil, nenhuma das 15 varejistas listadas na bolsa de valores (na categoria comércio varejista) aceitam criptomoedas para compras de produtos nos seus respectivos marketplaces. A exchange brasileira de cripto BityBank quer mudar esse cenário com duas soluções que podem converter em tempo real as moedas da carteira do cliente no momento do pagamento dos produtos. Uma para a varejista e uma para o consumidor. “A meta é facilitar o acesso e a integração das criptomoedas no dia a dia”, afirmou, à AGÊNCIA DC NEWS, Valdiney Pimenta, CEO do Bitybank.

A solução para o varejo é a Caas e, com ela, os e-commerces conseguem aceitar o pagamento em criptomoedas de forma direta, mas sem necessariamente receber em cripto, descomplicando o regime financeiro. Na hora da compra, é feita uma conversão em tempo real do saldo em cripto do cliente — e o varejista recebe em real. Segundo a empresa, é um sistema de investimentos cripto white label para os aplicativos das varejistas. A instalação é feita por meio de uma API (interface de programação de aplicações), que facilita a integração do módulo de investimentos da BityBank nos aplicativos já existentes das empresas. No Brasil, há outras soluções atualmente que funcionam como intermediárias para comprar com cripto no varejo, como o Bitrefill, que permite a compra de gift cards com criptomoedas.

A solução é direcionada às instituições financeiras, e-commerces varejistas, programas de fidelidade, corretoras e escritórios de investimentos. Até o momento, o aplicativo de cashback para e-commerces Meliuz e o Libertypay já utilizam a ferramenta. “Com o Caas, empresas podem incorporar pagamentos em cripto de forma simples, ampliando a liberdade financeira de seus clientes”, disse Pimenta. Para o cliente que já têm o aplicativo da varejista, são somente benefícios. Ele ganha uma nova forma de investimento e de pagamento. Para quem já têm as criptomoedas em outra carteira, é necessário transferir para a instituição onde quer comprar (seja no Bitybank para utilizar o cartão, ou o aplicativo do varejista que tenha a solução acoplada).

Escolhas do Editor

CARTÃO – Outra solução da Bitybank para trazer o varejo para o mundo das criptomoedas é o cartão cripto da empresa. Lançado em 2023, o meio de pagamento que carrega a bandeira Mastercard, é possível fazer compras no varejo, e-commerce e outros estabelecimentos com criptomoedas. Na interface do aplicativo, o usuário escolhe se quer utilizar o cartão em real ou em uma criptomoeda de escolha. Estão disponíveis moedas famosas como Bitcoin, Ethereum e Dólar Tether, mas também outras 197 moedas.

Na hora da compra, a interface de tecnologia faz a conversão considerando a melhor cotação possível para o usuário e paga o varejista em real. No fim do processo, o usuário pode receber entre 1% a 10% de cashback da compra, dependendo de fatores como o volume da transação, promoções feitas pelo BityBank e programas de indicação. Como a empresa ainda aguarda a autorização do Banco Central para atuar como Sociedade de Crédito Direto, ainda não oferece crédito, então é necessário ter o saldo correspondente ao valor total das compras feitas. Após a validação, o saldo é debitado automaticamente da conta do usuário.

Segundo Israel Buzaym, Head de Comunicação e Marketing do Bitybank, muitos clientes utilizam a conta e o cartão de forma dolarizada, com o saldo em dólar ou cripto dólar, como meio de se proteger das desvalorizações constantes do real. “Muitos clientes transferem uma parte do salário para cripto dólar e utilizam esse saldo ao invés do real brasileiro durante o mês”, afirmou. “Assim, ele não perde muito poder de compra ao longo do tempo.”

COMPORTAMENTO – Em janeiro deste ano, os clientes que aderiram ao cartão cripto gastaram R$ 1,9 milhão somente com estabelecimentos do varejo de alimentação, representado 57% dos gastos totais. Se considerarmos outras categorias como materiais de construção, petcare e de informática, o novo montante de R$ 2,1 milhões passa a representar 61% dos gastos totais. O restante das compras foram destinadas a transporte & veículos, serviços, saúde e bem-estar, viagem & lazer, entretenimento e educação.

A maioria dos pagamentos ainda é feita em real (72,9%) e os pagamentos utilizando saldo em criptomoedas foram feitos em sua maioria em Bitcoin (14%), seguido do Cripto Dólar (10,6%) e Ethereum (1,6%). Os 0,9% restantes se distribuem entre as outras 197 moedas disponíveis no aplicativo. E o cliente do Bitybank parece ter gostado do cashback em cripto, isso porque 72% dos usuários preferem essa opção para receber cashback das compras. Nesse quesito, a criptomoeda preferida é o Bitcoin, com quase 65% dos usuários recebendo Satoshis (frações de Bitcoins) como cashback, seguido pela Sol, o real brasileiro e o Cripto Dólar.

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