São Paulo, 14 de agosto de 2025 – O Bank of America (BofA) disse que a Eneva reportou resultadospositivos e acima das estimativas no 2T25, destacando o ebitda ajustado de R$ 1,7 bilhão, umaumento de 70% em relação ao ano anterior e 10% acima das suas estimativas e das estimativas doconsenso da Bloomberg. “O crescimento foi impulsionado, principalmente, por um ebitda de R$ 130milhões proveniente de iniciativas de comercialização de gás (8% do ebitda consolidado) no HubSergipe, não totalmente refletido em nossas estimativas, e por uma receita cerca de R$ 20 milhõesmaior, proveniente de iniciativas de distribuição de gás natural liquefeito (GNL) de pequenaescala [small scale LNG, ou ssLNG, na sigla em inglês]”, disseram os analistas, que também pontuamque os resultados foram parcialmente compensados por um resultado negativo de R$ 30 milhões nacomercialização de energia nos ativos do Hub Parnaíba.
“A Eneva não reportou muitos custos extraordinários no trimestre, o que também consideramospositivo. No resultado final, a Eneva reportou um resultado financeiro negativo de R$ 252 milhões,impactado por R$ 300 milhões de variação cambial positiva e pela marcação a mercado de swaps. Oresultado financeiro ajustado foi negativo em R$ 556 milhões, contra nossa estimativa de R$ 608milhões. Como resultado, o lucro líquido reportado atingiu R$ 486 milhões no trimestre (em linhacom a nossa estimativa). A dívida líquida aumentou R$ 0,9 bilhão em relação ao trimestreanterior, impactada por R$ 600 milhões em investimentos com a aquisição do pipeline de usinastermelétricas, e estamos otimistas com as oportunidades que a Eneva pode ter nos próximos leilõesde energia”, acrescentam.
Os analistas do BofA avaliam que os resultados do 2T25 sinalizam uma boa indicação de ganhos com amonetização do gás fora do setor elétrico. “Vemos um risco de alta de até 15% em relação aoVPL do caso-base da Eneva proveniente da comercialização de gás no Hub Sergipe e dasoportunidades de ssLNG.”
“Em nossa visão, a Eneva apresenta uma das maiores oportunidades de crescimento em nossa cobertura,impulsionada principalmente pelo desenvolvimento do setor de gás e pela necessidade do sistemaelétrico brasileiro por fontes de geração confiáveis (por exemplo, capacidade térmica). Vemos aavaliação atual da Eneva inclinada para cima. Ao preço atual, vemos a Eneva sendo negociada a umaTIR real de 12,3%, assumindo a renovação dos contratos atuais de capacidade térmica com receitasfixas 20% menores (na qual vemos riscos de alta) e sem crescimento. Nossa previsão otimista implicauma TIR real de maior que 15%”, avaliam, ao reiterar a recomendação de compra com preço-alvo deR$ 17,00, no relatório enviado a clientes nesta quinta-feira.
Por volta de 12h20 (horário de Brasília), o papel ENEV3 subia 1,58%, a R$ 14,09.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
Copyright 2025 – Grupo CMA