Bolsa deve fechar em alta com apoio das commodities; cenário político no foco

Uma image de notas de 20 reais

Crédito: Bruno Peres/Agência Brasil

São Paulo, 10 de setembro de 2025 – A Bolsa caminha para fechar em alta, firme nos 142 milpontos, amparada pelas ações da Petrobras (PETR3 e PETR4), que avançam acompanhando o petróleono mercado internacional em meio às tensões geopolíticas. A inflação ao produtor (PPI, sigla eminglês) em queda nos Estados Unidos gera expectativa para corte de juros por lá mais agressivo.

O mercado de perto o discurso doa ministro Luiz Fux do STF, que pediu nulidade do processo.

As ações da Vale (VALE3) subiam 0,56%. Petrobras (PETR3 e PETR4) tinha ganho de 2,32% e 1,64%.Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) avançavam 0,13% e 3,17%. Magazine Luiza (MGLU3) tem alta demais de 5% e CEA Modas (CEAB3) subia 4,37% com a divulgação do IPCA de agosto no radar.

Às 16h27 (horário de Brasília), o principal índice da B3 subia 0,53%, aos 142.380,07 pontos.O Ibovespa futuro com vencimento em outubro avançava 0,29%, aos 144.055 pontos. O giro financeiroera de R$ 14,8 bilhões. Em Nova York, os índices operavam mistos.

Para Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, a alta Ibovespa reflete fatoresinternos e externos.

“A valorização das commodities favorece papéis ligados a petróleo e minério, enquanto aperspectiva de um arrefecimento nas tensões comerciais com os Estados Unidos ajuda a reduzirincertezas. Entre indicadores locais, o dado de inflação mostrou alívio, mas sem alterar de formasignificativa as expectativas de política monetária. O tom geral, contudo, é de um mercado queencontra sustentação no cenário internacional mais favorável”.

Diego Faust, operador de renda variável da Manchester Investimentos, disse que a inflação nosEstados Unidos, commodities e bancos puxam a Bolsa pra cima.

“O PPI de hoje é um prenúncio do CPI [inflação ao consumidor] amanhã (11). Esse dado e arevisão [para baixo] do payroll [em 911 mil vagas nos últimos 12 meses até março] ontemcorroboram para queda de juros nos Estados Unidos. A queda dos treasuries, que testa a mínimos dosúltimos 4 dias, confirma o que os dados mostram queda de juros nos EUA na próxima reunião comcerteza. O mercado avalia se será corte de 0,25pp ou 0,50pp. A queda de juros lá fora abre espaçopara começar o corte aqui, e isso mexe com lucro das empresas. A Petro, Vale e bancos subindo puxamo índice. Chama atenção a alta do Banco do Brasil, que avança desde ontem, mas não tem notíciaespecífica para a empresa. O Bradesco mais fraco. O mercado monitora o julgamento do Bolsonaro,mas o risco é a aprovação da anistia, o que pode gerar uma crise”.

Nos Estados Unidos, mais cedo, a inflação ao produtor caiu 0,1% em agosto na comparação comjulho e o mercado previa alta de 0,3%.

Em relação ao IPCA, divulgado mais cedo, Otávio Araújo, consultor sênior da Zero MarketsBrasil, disse que o IPCA de agosto “marcou a primeira deflação em um ano [-0,11%] e acumulandoalta de 5,13% nos últimos 12 meses, ainda acima da meta estipulada pelo Banco Central. O resultadofoi influenciado por forte queda em grupos importantes e altas pontuais em alguns outros segmentos.O cenário geral indica alívio temporário na inflação, mas pressões em segmentos essenciaisainda persistem, e devem causar cautela para o Banco Central na próxima reunião do Copom [dias 16e 17], onde a Selic deve ser mantida em 15%”.

Soraia Budaibes – soraia.budaibes@cma.com.br (Safras News)

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