Brasil e China terão nova rota marítima comercial

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São Paulo, 28 de agosto de 2025 – O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, WaldezGóes, afirmou que Brasil e China terão, a partir deste sábado (28) uma nova rota de comércio.Ela ligará o porto de Santana, no Amapá, ao de Zhuhai, na China. Segundo o ministro, a nova rotadiminuirá custos e tempo de viagem dos produtos brasileiros até o país asiático. Asinformações são da Agência Brasil.

“Tenho uma boa notícia: no sábado, agora, chega o primeiro navio dessa rota Zhuhai-Santana, noAmapá. Agora o Arco Norte tem mais essa alternativa de rota marítima”, anunciou Góes nestaquinta-feira (28) durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil deComunicação (EBC).

A nova rota ligará o Porto Santana das Docas à chamada Grande Baía (GuangdongHongKongMacau), ondefica, entre outros portos, o de Gaolan, em Zhuhai um dos principais terminais da região e pontoestratégico para o fortalecimento do comércio entre os dois países.

De acordo com o ministro, essa rota foi vista pelos governos dos dois países, com potencial para oescoamento de bioprodutos da Amazônia e do Centro Oeste brasileiro.

“As vantagens são gigantes. Na comparação com o porto de Santos, a saída de produtos doCentro-Oeste por Santana ou pelo Arco Norte para a Europa diminui, por exemplo, o custo da soja emUS$ 14 por tonelada. Se for para a China, a economia é de US$ 7,8 por tonelada. Isso, sem falar doalém do tempo de viagem, que diminui”, acrescentou.

A vantagem, segundo Góes, agregará muito no trabalho, no lucro e na recompensa do produtor. Sejaele da Amazônia ou do centro-oeste brasileiro, além de organizar melhor a logística no país.”Daí para frente, vai da nossa capacidade. Da capacidade da Região Amazônica de articularprodutos de interesse da China”, completou.

O ministro ressaltou que as cooperações entre Brasil e China têm crescido muito, potencializandoainda mais essa rota, em especial para os produtos da bioeconomia da Amazônia, região que, segundoele, tem muito por crescer economicamente.

“Vai demorar, mas a melhor estratégia para Amazônia é se industrializar. É agregava valor,beneficiar os produtos da Amazônia para agregar valor, gerar emprego e renda. Isso para o açaí, ocacau, o café, a castanha, a madeira, o pescado, a piscicultura e demais atividades, como osfármacos. Temos um potencial grande nos fármacos porque a Amazônia só faz fornecermatéria-prima”, argumentou.

“Para você ter uma ideia, o café, que já entra muito forte na China, tem um consumo per capita deum café por mês. Imagina se dobrarmos isso, e passar a ser de dois cafés por mês. Isso vale parao café, para a soja e para o agro de modo geral. Eles têm muito interesse por mel, açaí,chocolate, Cacau”, detalhou ao ressaltar que produtos da biodiversidade têm uma abertura muitogrande na China.

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