BTG reduz previsão de lucros para 2025 e 2026 após 2T25 e tarifaço dos EUA

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São Paulo, 28 de julho de 2025 – O BTG Pactual revisou seu modelo de avaliação para a ação daWeg após resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25), incluindo os números mais recentesdivulgados, as premissas macroeconômicas atualizadas para câmbio e taxas de juros e osdesenvolvimentos relevantes do setor. Após os resultados, os analistas do banco de investimentosreduziram suas estimativas de lucros da companhia em 7,2% para 2025 e 8,6% para 2026.

A análise cita que, mais uma vez, os resultados trimestrais da Weg foram seguidos por uma grandeliquidação das ações da companhia, assim como ocorreu nos últimos quatro trimestres. Desta vez,a WEG caiu 12% desde seus resultados do segundo trimestre, refletindo as preocupações dosinvestidores com o crescimento mais lento o crescimento orgânico do segundo trimestre foi deapenas 6,4% apesar das margens terem superado as expectativas. No pregão desta segunda-feira, opapel WEGE3 operava em alta de 1,58%, a R$ 36,56, por volta de 13h31 (horário de Brasília).

Entre os vários fatores que ajudam a explicar o crescimento mais fraco observado no segundotrimestre, os analistas citam o GTD doméstico e externo e a incerteza em relação às tarifas dosEstados Unidos anunciadas para valer a partir da próxima sexta-feira, 1 de agosto. Em relação aoGTD local, ao contrário de 2024, que se beneficiou de entregas significativas de energia eólica,não há carteira de pedidos relacionada à energia eólica programada para 2025; ao GTD externo, acapacidade de T&D está totalmente reservada, limitando o potencial para novos aumentos de preços,principalmente porque os preços internacionais se estabilizaram.

Em relação à incerteza tarifária nos EUA, o BTG cita que o crescimento orgânico na América doNorte desacelerou, especialmente em produtos de ciclo longo, à medida que os clientes atrasam ospedidos em meio à incerteza em torno das tarifas comerciais EUA-Brasil. “Embora reconheçamos que aWEG tem novas avenidas de crescimento promissoras como condensadores síncronos, mobilidadeelétrica e BESS (com o leilão adiado para 2026) reconhecemos que a trajetória de crescimentopermanece incerta. Essa incerteza decorre da dependência da entrada de pedidos de ciclo longo nesteano e do potencial impacto de fatores geopolíticos nas receitas futuras. Dessa forma, optamos pormoderar nossas premissas de crescimento para este ano e o próximo. Por outro lado, o principalrisco de alta para um crescimento mais fraco é um real mais desvalorizado”, explicam os analistas.

A análise acrescenta que, com base em suas premissas atualizadas, a Weg é negociada a 23x P/L para2025 e 20x para 2026, próximo ao fundo de sua faixa histórica de negociação de longo prazo.”Vemos esse prêmio de avaliação em relação a outras empresas do Brasil como justo, dado ohistórico de retornos, crescimento e custo de capital superiores da Weg”, dizem os analistas.

Na visão do BTG, o lado positivo de um real mais fraco e de uma avaliação mais barata do que amédia histórica sustenta a recomendação de compra da ação. “Dito isso,o momentum dos lucros continua pouco inspirador no curto prazo, e a ação pode ter um desempenhoinferior ao rali da reclassificação no curtíssimo prazo, principalmente até que o crescimento(no Brasil e nos EUA) passe de “apenas razoável” para algo melhor”, concluem.

O BTG Pactual tem preços-alvo de R$54,00 e US$9,70 para a ação WEGE3 na B3 e ADRs em NY.

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

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