Porto Alegre, 13 de agosto de 2025 – Debate entre os governadores de Goiás, Paraná, Rio Grandedo Sul e São Paulo durante o AgroForum, promovido pelo BTG Pactual nesta quarta-feira, sinalizoupreocupações com as reformas que precisam ser realizadas pelo governo federal para trazermelhorias para a economia brasileira.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, foi bastante enfático ao afirmar que ogoverno federal precisará alocar o capital político no Brasil para fazer o que é mais importantepara a economia do país. O Brasil tem um desafio adicional junto ao Congresso, por conta degovernos anteriores, com emendas parlamentares, mandato de ministros, readequação de despesas eprecisa de um equilíbrio constitucional, com ajustes dinâmicos na reforma tributária e que passatambém pelas reformas trabalhista e previdenciária, disse.
Leite destacou os esforços realizados pelo governo do Rio Grande do Sul para reduzir o déficitprevidenciário, embora admita que o estado ainda tenha a maior dívida entre os demais do país.Conseguimos estabelecer reformas para os militares, que foi igual para os civis. Por meio dereformas, conseguimos reduzir o comprometimento da folha de pagamento no estado, de 80% para 60%sobre toda a receita corrente. Quando um estado tem as contas equilibrada, ele consegue cuidarmelhor das pessoas, pontua.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, enfatizou as ações adotadas em seu governopara cortar cargos e custeio das secretarias, por meio de privatizações nos setores de energia ede água. Hoje, por exemplo, o estado de São Paulo caminha para a universalização do saneamento,afirma.
Tarcísio admitiu que, com uma taxa de juros elevados, ao redor de 15%, fica difícil investir,muito embora o governo de São Paulo tenha conseguido promover programas para a transiçãotributária de devedores de impostos. Também estamos conseguindo ampliar programas de investimentosem rodovias, com um orçamento de R$ 30 bilhões, sinaliza.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, ressaltou que, para fazer um ajuste fiscal no Brasil, épreciso assumir riscos. Ele citou os exemplos adotados em se estado, com reformas administrativas etributárias e com cortes de incentivos fiscais, que contribuíram para trazer equilíbrio. HojeGoiás tem 100% de transparência em suas contas públicas, informa.
Caiado admitiu que os governadores em seus estados possuem limitações para avançar emlegislações peculiares que dependem do governo federal. Ainda segundo o governador de Goiás, oajuste fiscal no Brasil não será resolvido enquanto Lula for o presidente.
O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, disse que por meio de inúmeras ações oestado conseguiu cortar gastos e fazer reformas, diferente do governo federal, que não tem dinheiropara nada.
Ratinho entende ainda que o Brasil está demonstrando que a gastança desordenada trazinsegurança jurídica, desorganização política, conflito entre os poderes e a perda dademocracia, por conta de uma total irresponsabilidade política.
Ratinho reiterou ainda que o Paraná hoje possui recursos em caixa para pagar todas as suascontas e ainda ter dinheiro em caixa para promover investimentos em diversas áreas. Somos o segundomaior produtor de grãos do país, mas deficientes em oferta, por conta do alto nível deindustrialização de nossa produção. O Paraná procura agregar valor aos seus grãos, que sãoutilizados, por exemplo, para a produção de pescados, carne de frango e suína, finaliza.
Arno Baasch – arno@safras.com.br (Safras News)
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