Cia reduz prejuízo no 2T25 e no semestre para R$ 98 mi e R$ 594 mi

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São Paulo, 12 de agosto de 2025 – O prejuízo líquido da Americanas SA caiu 94,7% no segundotrimestre deste ano frente ao mesmo trimestre do ano anterior, somando R$ 98 milhões. Entre janeiroe junho de 2025, a varejista registrou um prejuízo de R$ 594 milhões versus prejuízo de R$ 1,4bilhão no 6M24. A comparação com o resultado do mesmo período do ano anterior está impactadapela contabilização até o 6M24, dos juros e variação monetária que incidiram sobre a dívidaconcursal, e que foram contabilizados até o momento da novação da dívida, o que ocorreu somenteno 3T24, explicou a companhia no relatório trimstral enviado à Comissão de Valores Mobiliários(CVM) nesta terça-feira.

A empresa disse que, para garantir melhor comparabilidade entre os períodos, os comentários dorelease de resultados ficaram centrados nos números do primeiro semestre, compreendendo osresultados da Páscoa, principal evento da primeira metade do ano. “O primeiro semestre de 2025reforçou a consistência dos resultados financeiros da companhia, apresentando crescimentoconsolidado da receita, apesar de um ambiente macroeconômico desafiador”, comentou. A companhiatambém expurgou os efeitos da Ame Digital no resultado, devido ao processo de tentativa de venda daoperação iniciado em setembro de 2024.

A varejista disse que “a eficiente execução de eventos do período, como Páscoa e Dia das Mães,contribuiu para o desempenho alcançado, com incremento de fluxo nas lojas e aumento na quantidadede itens vendidos”. Além disso, a companhia seguiu em seu processo de melhoria contínua comavanços na gestão das lojas, eficiência na cadeia logística, evolução do sortimento ofertado,redução da ruptura, aplicação de alavancas de pricing e fortalecimento das negociações comfornecedores.

“Esses fatores combinados à uma estratégia organizacional centrada no cliente, refletiram namelhora da performance das lojas físicas. Dessa forma, no 6M25, apresentamos um crescimento de11,8% nas vendas em mesmas lojas em relação ao mesmo período do ano anterior, reflexo dodesempenho consistente dos eventos do primeiro semestre do ano, com destaque para a Páscoa, queregistrou aumento de cerca de 16% no indicador. Destacamos, ainda, os avanços na Plataforma deClientes e Parceiros, a PCP, que começamos a estruturar no fim do ano passado e que vemdemonstrando resultados relevantes, com crescimento de mais de 22% no GMV consolidado do cartãoCliente A, seguros e serviços.”

A receita líquida atingiu R$ 3,8 bilhões no trimestre, uma alta em relação a R$ 3,1 bilhões nosegundo trimestre de 2024. Nos 6M25, a receita líquida consolidada foi de R$6,9 bilhões, umcrescimento de 1,7% em relação ao 6M24. O desempenho no período se deve principalmente ao bomresultado da Páscoa, principal evento do primeiro semestre do ano, além do crescimento da receitade serviços.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado avançou 1216,0%,para R$ 329 milhões, de R$ 25 milhões, na mesma base de comparação. O ebitda ajustado ex-IFRS 16no período foi de R$ 94 milhões, ante prejuízo de R$ 221 milhões no 2T24.

A companhia destacou que o ebitda ajustado ex-IFRS 16 no 6M25 apresentou melhora relevante, saindode R$ 237 milhões negativos no 6M24 para R$ 170 milhões negativos. “Observamos assim umaevolução gradual, refletindo os esforços para crescimento de vendas no físico, aliados ainiciativas de eficiência operacional e gestão de despesas implementadas ao longo dos últimosmeses. Cabe destacar que, excluindo os efeitos extemporâneos, tanto no 6M25 quanto no 6M24, amelhora operacional no Ebitda ajustado ex-IFRS 16 foi da ordem de R$ 257 milhões”, disse.

O Gross Merchandise Volume (GMV), que são as vendas de mercadorias próprias, vendas realizadas nomarketplace, alcançou R$ 5,2 bilhões no segundo trimestre, 15,6% maior que o visto no mesmoperíodo do ano passado.

No 6M25, o GMV Total da Americanas foi de R$ 9,3 bilhões, composto majoritariamente pelo varejofísico (80% do GMV Total vs. 72% no 6M24), que continuou a apresentar desempenho positivo, com oGMV atingindo R$ 7,5 bilhões no 6M25. O crescimento do físico de 4,3% em relação ao 6M24 foiimpulsionado pelo bom desempenho da Páscoa e por um aumento gradual da participação da receita deserviços. A queda do GMV Total em relação ao mesmo período do ano anterior se deve à umaredução significativa do 3P (marketplace) no período, alinhado à decisão estratégica dereduzir o tamanho do digital e ao estabelecimento de uma nova proposta de valor centrada naominicanalidade, complementando a jornada do cliente nas lojas físicas através do O2O(online-to-offline).

No primeiro semestre de 2025, a varejista disse que continuou com um crescimento consistente dasvendas no conceito mesmas lojas, que alcançou 11,8%.

No trimestre, a empresa totalizava 1.521 lojas, sendo 933 no formato Convencional e 588 Express, edisse que continuou otimizando seu portfólio de lojas, “com foco na busca por maior eficiênciaoperacional, maior venda por metro quadrado e eficiência no custo de ocupação”. “Avaliando nossoquadro, ao longo do semestre encerramos as operações de 40 unidades (19 no formato convencional e21 express) que não atendiam aos critérios de viabilidade da Companhia, resultando em umaredução de 2,3% na área total de vendas em comparação ao 1T25”, comentou a empresa.

Considerando os passivos remanescentes do Plano de Recuperação Judicial, o saldo de dívidalíquida era de aproximadamente R$ 372 milhões ao fim de junho de 2025.

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

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