São Paulo, 15 de agosto de 2025 – A Azul divulgou o balanço do segundo trimestre de 2025, comlucro líquido de R$ 1,29 bilhão, revertendo o prejuízo líquido de R$ 3,5 bilhões reportado nomesmo período do ano anterior (2T24). O crescimento foi especialmente forte nos mercadosinternacionais, onde a capacidade, com a oferta de voos e assentos, teve um aumento substancial de37% no 2T25, em comparação com igual período do 2T24. No primeiro semestre, a companhia registroulucro líquido de R$ 2,076 bilhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 4,713 bilhões do mesmoperíodo do ano passado.
Os resultados também tiveram influência das estratégias de otimização do uso da frota e emajustes de malha. Conforme divulgado pela Companhia no primeiro trimestre deste ano, a Azul,enquanto empresa com foco na qualidade do serviço e em competitividade, está estuda constantementeo mercado, com o encerramento das operações em 14 cidades, já realizado entre os meses defevereiro e março, além da saída gradual de cerca de 50 rotas.
A Azul alcançou receita operacional de R$ 4,9 bilhões no período de abril a junho de 2025, o querepresenta recorde para um segundo trimestre e um aumento de 18% em relação ao mesmo período doano passado. O resultado foi impulsionado principalmente pela alta demanda registrada e pelo aumentoem receitas auxiliares. Além disso, a participação dos mercados internacionais e das unidades denegócio contribuíram para os dados positivos do trimestre. No primeiro semestre, a receitaoperacional foi de R$ 10,3 bilhões, alta de 16,8% em relação ao mesmo período de 2024.
Como resultado do ambiente de forte demanda e receita e do aumento da eficiência operacional, oEbitda (Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) cresceu 8,6% ano contra ano,atingindo R$ 1,1 bilhão, com margem de 23,1%, queda de 2,1 pontos percentuais em relação ao 2T24.No primeiro semestre, o Ebitda foi de R$ 2,5 bilhões, alta de 2,5% na comparação com o mesmoperíodo do ano passado. Já a margem Ebitda ficou em 24,5% no primeiro semestre, queda de 3,4pontos percentuais em relação ao primeiro semestre de 2024. O 2T25 foi encerrado com liquidezimediata de R$ 3,3 bilhões, um aumento de R$ 945 milhões em relação ao trimestre anterior.
Os ajustes levaram em consideração uma série de fatores, como demanda, câmbio desfavorável epreço do combustível no mercado brasileiro, além dos custos atrelados ao alto nível dejudicialização, que impacta todo o setor aéreo no Brasil. Além disso, com as mudanças, aCompanhia adaptou sua malha para a operação dos próximos meses, quando se inicia o período daalta temporada. A Azul fez um planejamento de malha com oferta de 3,6 mil voos extras e oferta de520 mil assentos em todo o país, com destaque para operações inéditas a partir do aeroporto deCongonhas. Pela primeira vez, a Companhia converterá 45% dos voos originalmente voltados aopúblico corporativo em operações sazonais de lazer para atender a intensa demanda do período.
A evolução das unidades de negócio da Companhia, como Azul Viagens, Azul Cargo e AzulFidelidade, também contribuiu para as receitas e margens saudáveis. A Azul Viagens tevecrescimento superior a 45% nas reservas brutas, em comparação ao 2T24. A Azul Cargo manteve seudesempenho com receita líquida crescendo 14,3% ano contra ano, além do seu negócio internacionalcrescendo mais de 50%. Já o Azul Fidelidade aumentou as emissões em mais de 8% em comparação ao2T24 e com níveis recordes de resgate.
Durante o 2T25, a capacidade consolidada medida em assentos-quilômetro oferecidos (ASK) cresceu17,5% ano contra ano, principalmente impulsionada por um crescimento de 36,8% nas operaçõesinternacionais e um aumento de 12,9% da nossa capacidade doméstica devido à recuperação de nossaoperação que foi impactada no 2T24 pelas enchentes no Sul do Brasil. No trimestre, a Azultransportou cerca de 8,0 milhões de passageiros, um aumento de 7,7% em comparação ao mesmoperíodo do ano anterior. O tráfego de passageiros (RPK) durante o trimestre cresceu 19,3%,superando a capacidade e resultando em uma robusta taxa de ocupação de 81,5%, 1,3 ponto percentualmaior do que no 2T24.
A receita unitária (RASK) permaneceu forte em R$38,53 centavos no 2T25, mesmo com a capacidadecrescendo 17,5% em relação ao ano anterior. Outro fator que contribuiu para nossas receitas emargens foi o crescimento das nossas unidades de negócios, que no 2T25 representaram 22,5% do RASKe 37,5% do EBITDA.
O CASK no 2T25 foi de R$35,57 centavos, 4,1% maior do que o 2T24, principalmente devido àdesvalorização média de 8,7% do real, à inflação anual de 5,4%, ao aumento de 71% no númerode processos judiciais relacionados a operações irregulares no final de 2024, decorrentes deproblemas de desempenho de fornecedores, e ao crescimento da nossa frota, que ocasionou um aumentona depreciação de 24,8% ano contra ano.
A companhia fechou o primeiro semestre com alavancagem de 4,9x, medida pela relação entre dívidalíquida e EBITDA dos últimos doze meses. “Esse número ainda não reflete a redução esperada naalavancagem resultante do nosso processo de reorganização sob o Chapter 11”, destacou a Azul.
Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)Copyright 2025 – Grupo CMA