Comissão presidida por Flávio Bolsonaro vai liberar documentos de Tagliaferro para réus do 8/1

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São Paulo, 2 de setembro de 2025 – Na segunda parte do depoimento de Eduardo Tagliaferro nestaterça-feira (2),o presidente da Comissão de Segurança Pública (CSP), Flávio Bolsonaro (PL-RJ),anunciou que todas as informações apresentadas pelo ex-chefe da Assessoria Especial deEnfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) serão disponibilizadasàsdefesas dos réus no julgamento dos atos de 8 de janeiro de 2023. As informações são da AgênciaSenado.

A medida, aprovada em votação simbólica pelos membros da CSP, tem como objetivo permitir que osadvogados tenham conhecimento das supostas irregularidades processuais praticadas por ordem doministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e tomem as “providências cabíveis”.Flávio explicou que, inicialmente, sua intenção era disponibilizar os documentos ao público, masressalvou que o conteúdo pode incluir conversas privadas.

Isso pode acabar expondo as pessoas. Que deixassem à disposição dos advogados para que pudessemfazer uma análise daquilo que pudesse ser útil para seus clientes.

A CSP também aprovou a elaboração de um relatório das denúncias de Tagliaferro contra Moraes eo procurador-geral da República, Paulo Gonet, que também teria atuado fora do rito processual.Segundo Flávio Bolsonaro, o relatório será encaminhado ao presidente do STF, ministro LuísRoberto Barroso, para que avalie a possibilidade de suspensão do julgamento em curso do 8 dejaneiro. Cópias do relatório serão enviadas ao TSE, ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), aoConselho Nacional do Ministério Público (CNMP), à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e aogoverno dos Estados Unidos.

Alem disso, a comissão vai requisitar proteção a Tagliaferro, que está na Itália, e aos seusparentes.

Inversão do rito

Respondendo ao senador Carlos Portinho (PL-RJ), Tagliaferro afirmou que Moraes teria usado contraBolsonaro o mesmo procedimento adotado em 2022 contra os membros de um grupo de empresáriosacusadosde sugerirem ações violentas contra a eventual eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Os empresários foram submetidos a operações de busca e apreensão. Naquele caso, disseTagliaferro, a instrução penal foi feita a partir de uma decisão já tomada, o que configurariauma inversão do devido rito processual.

Todos os casos de perseguição começaram com a inversão do rito. Alexandre de Moraes já tinhaem sua mente o planejamento de tudo que ele queria: aqueles alvos já estavam sentenciados.

Magno Malta (PL-ES), autor do requerimento para realização da audiência, disse entender que asinformações apresentadas contra Moraes são sólidas. Para ele, o ministro deu “poder de polícia”a um grupo de funcionários do seu gabinete, de modo a dar legitimidade a violações de direitos.

Os senadores Cleitinho (Republicanos-MG) e Jaime Bagattoli (PL-RO) cobraram ações do Senado peloimpeachment de Alexandre de Moraes e pela anistia aos envolvidos no 8 de janeiro de 2023.

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