São Paulo, 21 de julho de 2025 – O consumo consolidado de energia elétrica, cativo e livre,incluindo a receita não faturada (3.330 GWh) do Grupo Energisa cresceu 7,0% em relação ao mesmomês do ano anterior, impactado, principalmente, pelas classes residencial e a industrial. Já ocrescimento do consumo, desconsiderando a receita não-faturada, apresentou evolução de 1,6% etotalizou 3.355 GWh. A maioria dos dias com temperaturas acima média, sobretudo no Mato Grosso eRondônia contribuiu, bem como bom desempenho das indústrias de alimentos, minerais e óleo &gás,impulsionadas por novas cargas, ampliações e aumento da produção.
No mês, 6 das 9 distribuidoras apresentaram alta no consumo de energia em suas áreas deconcessão, em especial a EMT (+5,4%), ETO (+6,6%) e EAC (+4,8%), impulsionadas principalmente peloaumento da classe residencial, com temperaturas acima da média e calendário de leitura à maior naEnergisa Tocantins.
No resultado agregado do Grupo, a classe residencial também obteve o maior crescimento de consumono mês (4,5%), com alta em 6 das 9 empresas aumentando o consumo, sobretudo nas empresas asempresas com as maiores taxas de crescimento: EMT, ETO e EAC. Além dos fatores já citados. aaumento de consumidores na EAC e ETO também foi decisivo, diante da expansão imobiliária local,além de investimentos na rede, como a interligação de Cruzeiro do Sul (AC).
A classe industrial registrou alta de 1,3%, com 7 distribuidoras em alta, em especial a ETO(+14,0%), com destaque para a produção de calcário e alimentos, ESE (12,5%), sobretudo óleo egás, e ESS (+6,6%), com destaque para peças veículos, bebidas e derivados de cana. Já a classecomercial apresentou queda de -1,1%, bem como a classe rural, com recuo no consumo de 3,2%. Em ambasa EMS apresentou a principal queda, afetada pelo calendário de faturamento 1,1 dia menor, climamais ameno e impactos da mini e micro geração distribuída.
Consumo no segundo trimestre de 2025
O consumo de energia elétrica no mercado cativo e livre, com receita não faturada (10.490 GWh)evoluiu 2,1% e ficou próximo da estabilidade (10.517 GWh) quando excluímos a receita nãofaturada. Em 2 dos 3 meses do trimestre houve alta do consumo, porém a redução de consumo emabril/25 limitou o desempenho do trimestre, em meio às temperaturas abaixo de 2024, e calendáriode faturamento menor na maioria das empresas. A base alta no 2T24 também impediu alta mais intensa.(11,1% – maior taxa em 21 anos).
Entre as 9 distribuidoras, 4 apresentaram crescimento no consumo: ETO (3,9%), ESE (3,5%), EMT(+3,2%) e EPB (+2,8%), motivadas pelo aumento de consumidores, bom desempenho da indústria na ETO eESE, evolução da renda sobretudo no Nordeste. Por outro lado, as concessões que apresentaram asmaiores quedas foram EMS (-8,3%) e ESS (-2,5%), diante base alta, visto que o mercado de ambas haviaavançado acima de 2 dígitos no 2T24, clima mais ameno, efeitos da geração distribuída, além docalendário de faturamento menor em 2 dos 3 meses.
Quanto ao desempenho das classes, houve alta no consumo industrial (+2,1%) e residencial (+0,8%).Por sua vez, as classes a comercial (-2,9%) outros e rural tiveram retração do consumo, limitadasespecialmente pelo desempenho da EMS, diante da base alta, temperaturas mais baixas e chuvosa que no2T24, além do calendário de faturamento menor em 2 dos 3 meses, e dos efeitos de MMGD.
Consumo nos seis primeiros meses de 2025
O consumo de energia elétrica no mercado cativo e livre, com receita não faturada, avançou 1,0%(21.038 GWh) Quando desconsideramos a receita não-faturada, a evolução no semestre foi de 0,6%frente ao mesmo período do ano anterior. A alta só não foi mais intensa em função da base altano 1º semestre de 2024 (11,5% – maior taxa em 21 anos), em meio aos efeitos do El Niño e ondas decalor.
Entre as 9 distribuidoras, 5 apresentaram crescimento no consumo, sendo as concessões da EPB(+3,7%) e EMT (+1,5%) os destaques. Em 2025, o efeito do clima foi menos intenso em 2025 que em2024, embora as temperaturas tenham seguido acima da média na maioria das áreas de concessão, emespecial no Sudeste. Outro ofensor foi o calendário de leitura de faturamento menor em 3 dos 6meses do ano. Por sua vez, a indústria seguiu com aumento de produção, com ligações de novascargas, e expansões. A melhora nos indicadores de renda frente a 2024, em especial no Nordeste eNorte também contribuiu para o aumento do consumo de energia. Dessa forma, a classe residencial(+1,9%) e industrial (+2,8%) direcionaram a expansão do consumo nos primeiros meses de 2025. Valedestacar o desempenho dos clientes do mercado livre, impulsionados pelas migrações, novas cargas,ampliações e aumento de consumo nos clientes industriais.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
Copyright 2025 – Grupo CMA