São Paulo, 29 de julho de 2025 – O custo de uma carteira nacional de habilitação (CNH),atualmente na faixa de R$ 3,2 mil, poderá ser reduzido em até 80% para as categorias A e B respectivamente motocicletas e veículos de passeio. É o que prevê projeto que está sendoelaborado pelo Ministério dos Transportes, que pretende acabar com a obrigatoriedade das aulas emautoescolas. As informações são da Agência Brasil.
De acordo com a pasta, o objetivo é democratizar o acesso da população à CNH, facilitando,inclusive, a qualificação para atividades profissionais, em especial para aqueles que buscam oprimeiro emprego.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, informou que, pelo projeto, as autoescolas continuariamoferecendo as aulas, ainda que não mais obrigatórias. Atualmente são exigidas, no mínimo, 20horas de aula prática.
Já e exigência de aprovação nas provas teórica e prática dos departamentos de trânsito(Detrans) será mantida.
Inclusão
Isso vai ser produtivo para o Brasil. Vai incluir as pessoas, porque dentro do recorte há outrasexclusões ainda mais cruéis. Por exemplo, se a família tivesse o dinheiro para tirar só umacarteira, e como tirar uma custa em torno de R$ 3 a R$ 4 mil, ela escolhe tirar só do homem emuitas vezes a mulher fica inabilitada, excluída, justamente por essa condição, justificou oministro.
Então, a gente precisa criar um ambiente para que as pessoas tenham condição de se formalizar, deserem incluídas, acrescentou referindo-se a uma prática já adotada em diversos países, comoEstados Unidos, Canadá, Inglaterra, Japão, Paraguai e Uruguai.
Dados do ministério indicam que 54% da população não dirige ou dirige sem habilitação. Nessesentido, tirar a carteira gastando menos é importante também por ajudar a aumentar a segurança notrânsito.
Para se ter uma ideia, 45% dos proprietários de motocicletas e outros veículos de duas rodas,pilotam sem possuir CNH. Já na categoria B, 39% dos proprietários de veículos de passeio dirigemsem habilitação, informou, em nota, o ministério.
O projeto precisa ainda passar pelo crivo da Casa Civil da Presidência da República. Caso sejaaprovado, será regulamentado por meio de resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).